O SENHOR DO ARIEIRO INDUSTRIAL
Pelos nossos apontamentos, sabemos que, em 1892, já existia uma cerâmica, no Senhor do Arieiro, pertencente a Joaquim Russo, e que, em Novembro daquele ano, ali fora instalada uma máquina para fazer tijolo furado, que havia sido feita nas Oficinas Mota de Quadros, da Figueira da Foz.
Diz a notícia que esta máquina “é notável, pela rapidez e excelência do trabalho”, produzindo diariamente 3.500 tijolos e que “já por capricho dos operários fabricou 4.800 tijolos num dia do estio passado”.
Não encontrámos mais elementos na imprensa figueirense do século dezanove, sobre este assunto. Mas, em 1906, uma notícia diz-nos que, nos Carritos, existia uma fábrica de faiança e que, pertencentes ao mesmo dono, existiam, no sítio do Senhor do Arieiro, três fornos de cozer telha ordinária e depois descreve-nos um pouco da actividade destes fornos.
“ Estes fornos têem dois pavimentos, sendo o inferior a fornalha e o superior a câmara de cozedura, sendo muito abobadados; a comunicação do fogo da fornalha com a câmara de cozedura não é feita por pequenos buracos espalhados por toda a abóboda da fornalha, mas por um buraco maior colocado no centro dessa abóboda; o fogo, atravessando esse buraco, vai bater na abóboda da câmara e, reflectindo-se, vai então espalhado por entre as telhas efectuar a cozedura. Apesar de não ser perfeito, este sistema de cozedura é inquestionavelmente o melhor dos usados e a telha sai bem cozida, obtendo um preço bastante elevado para telha desta natureza.
O barro empregado no fabrico é extraído na mesma propriedade onde estão os fornos, é branco com uns pequenos laivos vermelhos. Para darem à telha uma cor vermelha mais intensa, pintam-na depois de mais de meio secas, com lambugem de barro (água muito grossa de barro vermelho que vão buscar a Caceira). Os utensilios empregados e o processo de fabrico são os usuais, não tendo por isso nada a acrescentar ao que já por várias vezes tenho dito. Os produtos fabricados e os preços de venda são os seguintes:
Telha ordinária, a 5$000 reis o milheiro.
Tijolos cheios, de 0m,22 por 0m,11 por 0m,06, a 6$000 reis o milheiro.
Tijolos ocos, de 0m,24 por 0m,12 por 0m,7, a 6$000 reis o milheiro.
Ladrilhos, de 0m,15 por 0m,25 ou 0m,30 por 0m,30, de 20 a 30 reis cada um.
Telhões, a 90 reis cada um.
Manilhas, de 0m,05 ou 0m,18 de diâmetro, 70 a 200 reis cada uma.
As manilhas são vidradas a zarcão.
A produção anual deve ser pouco mais ou menos a seguinte:
Manilhas, 400.
Telhões, 400.
Telha: 60 milheiros.
Tijolos e ladrilhos, 200 milheiros.
O rendimento anual pode calcular-se em 1:700$000 reis.
Os mercados de venda são a própria freguesia e as vizinhas, mas principalmente a Figueira da Foz.
Os operários que estes fornos empregam são 5 homens, 2 rapazes e 2 mulheres.
Os jornais dos diferentes operários são os seguintes: 400 reis para os homens, 160 reis para as mulheres e 100 reis para os rapazes”.
No ano de 1916 lemos a seguinte notícia: “Ouvimos que o sr. José Russo, de sociedade com o sr. Luís João Rosa, querem explorar na propriedade desde nosso amigo o fabrico de telha e tijolo, montando para isso ali o respectivo forno e necessárias dependências. A instalação será feita na parte da quinta junto ao Senhor da Areeira, que é onde abunda mais o barro próprio para tal indústria. A confirmar-se esta informação, será de louvar a iniciativa dos srs. Rosa e Russo, porque são louváveis todos os esforços tendentes a desenvolver o trabalho local”. Mas, dias depois, José Russo (devia ser o filho e herdeiro do primeiro dono dos fornos acima referidos) anuncia que tinha resolvido não se associar para montar uma tijolaria na Quinta de Luís João Rosa embora, na verdade, tenham pensado nisso em tempos passados.
No “Anuário Figueirense”, em 1918, numa descrição da nossa freguesia, vem o seguinte apontamento: “... além dos trabalhos agrícolas a que esta povoação principalmente se consagra, há aqui um regular número de operários de diversas indústrias que trabalham na ou para a Figueira, havendo também uma fábrica de tijolo dos srs. José Russo & Companhia”.
Alguns dias depois, e num semanário figueirense, o correspondente local insere a seguinte nota: “ Ao Senhor da Arieira, nas instalações do forno da telha do nosso bom amigo José Russo, tem este activo cidadão feito algumas obras, para estabelecer-se com forno para cozer pão e broa, venda de vinho, tabaco, etc. etc. A sua abertura será no dia 1º. de Maio, e ali apresentará o bom vinho de Brenha. Local de bastante movimento, não deixará de ser muito concorrido, principalmente aos domingos, pelos apreciadores da bela pinga, que ali se farão acompanhar das respectivas merendas. Ao nosso amigo José Russo desejamos bastas felicidades no seu empreendimento”.
Noticiando a abertura do estabelecimento, encontrámos a seguinte nota: “... abriu naquele pitoresco recinto e no dia primeiro de Maio corrente, um estabelecimento comercial no qual vende as afamadas pinguinhas de Brenha, tabacos, petiscos, etc., não faltando uma bem montada padaria, indispensável na nossa terra, que de uma carecia há já muitos anos”.
A propósito deste estabelecimento, não resisto a transcrever aqui uma nota, de Dezembro de 1918, relatando uma caçada que terminou em patuscada na loja do Senhor do Arieiro:
“Aqui na nossa terra há, como se sabe, grande número de caçadores dignos deste nome, que este ano têem abatido muitos coelhos, perdizes, etc., etc. Nesse número de bons caçadores figuram os srs. Manuel Leonor, Manuel Migueis, José Russo, e tantos outros cujos nomes agora nos não recorda que, ainda num dos dias da pretérita semana, reunidos em grupo, resolveram fazer uma caçada ao coelho, levando na sua companhia grande número de principiantes na caça, como Amaral, Arménio, A. Silva, Zé Noca, etc., e o impagável António Cação Russo, mais conhecido por Antonio da Quinta.
Nas alturas do Prazo, o perspicaz e fino olho de detective deste nosso amigo avistou uma galinhola e, não se fiando em si mesmo, diz aos seus mestres que lhe atirem, porque a ave está boa. Há uma artilharia pegada e a galinhola sempre se vai embora. Eis porém que o António da Quinta, ripando da sua bela espingarda de dois canos, dispara sobre o pássaro um bem acertado tiro que, alvejando-o (diz ele) o fez cair imediatamente!... Morta a galinhola, foi pelos velhos caçadores conferido ao herói da tarde um diploma de atirador especial, dando-lhes todos a sua direita...
Chegou a noite e, deviam ser aproximadamente 7 horas, começaram todos os caçadores por comer o opíparo jantar que haviam mandado fazer em honra de António da Quinta, isto em casa do Zé Russo, ao Senhor da Arieira. A ampla sala achava-se ricamente engalanada com colchas de damasco, flores naturais e artificiais, balões à veneziana, etc., tudo a incitar para a festa e para a alegria, pois é incontestável que foi um dia festivo e alegre para todos que naquela caçada haviam tomado parte...
Ao toust usaram da palavra vários convivas, brindando todos em honra do António da Quinta, que no fim comovidamente agradeceu aos seus amigos as “imerecidas palavras com que o haviam distinguido”. Hurras e mais hurras, aclamações, etc., põem termo à festa, tudo na melhor... ordem e harmonia, todos no mais elevado grau de alegria, ficando gravado no espírito de todos o memorável dia em que António da Quinta foi honrado com um diploma, com um jantar, e com discursos, por ter dado provas abundantes da sua audácia e finura na soberba caçada em que tomou parte num dos dias da semana que passou. Sabendo isto, não podemos de forma alguma deixar de felicitar o nosso amigo, e com um abraço vão os nossos mais ardentes desejos de que este ano mate mais galinholas, mas que já estejam, porém, com 7 ou mais tiros na pele, como sucedeu àquela que o amigo António da Quinta matou um destes dias, graças a um certeiro tiro disparado pelo exímio caçador Zé Russo, pois foi ele quem primeiro a alvejou e que ficou sendo alvo da inveja e do despeito...”.
Passados dois anos já estava constituida uma firma, sob a denominação de “Cerâmica Exportadora, Lda”, e, em Agosto desse ano, “as instalações continuavam a ser ampliadas e melhoradas mal podendo, pela afluência de pedidos, satisfazer as encomendas de telha e tijolo que diariamente lhe chegam”.
Pelos nossos apontamentos, sabemos que, em 1892, já existia uma cerâmica, no Senhor do Arieiro, pertencente a Joaquim Russo, e que, em Novembro daquele ano, ali fora instalada uma máquina para fazer tijolo furado, que havia sido feita nas Oficinas Mota de Quadros, da Figueira da Foz.
Diz a notícia que esta máquina “é notável, pela rapidez e excelência do trabalho”, produzindo diariamente 3.500 tijolos e que “já por capricho dos operários fabricou 4.800 tijolos num dia do estio passado”.
Não encontrámos mais elementos na imprensa figueirense do século dezanove, sobre este assunto. Mas, em 1906, uma notícia diz-nos que, nos Carritos, existia uma fábrica de faiança e que, pertencentes ao mesmo dono, existiam, no sítio do Senhor do Arieiro, três fornos de cozer telha ordinária e depois descreve-nos um pouco da actividade destes fornos.
“ Estes fornos têem dois pavimentos, sendo o inferior a fornalha e o superior a câmara de cozedura, sendo muito abobadados; a comunicação do fogo da fornalha com a câmara de cozedura não é feita por pequenos buracos espalhados por toda a abóboda da fornalha, mas por um buraco maior colocado no centro dessa abóboda; o fogo, atravessando esse buraco, vai bater na abóboda da câmara e, reflectindo-se, vai então espalhado por entre as telhas efectuar a cozedura. Apesar de não ser perfeito, este sistema de cozedura é inquestionavelmente o melhor dos usados e a telha sai bem cozida, obtendo um preço bastante elevado para telha desta natureza.
O barro empregado no fabrico é extraído na mesma propriedade onde estão os fornos, é branco com uns pequenos laivos vermelhos. Para darem à telha uma cor vermelha mais intensa, pintam-na depois de mais de meio secas, com lambugem de barro (água muito grossa de barro vermelho que vão buscar a Caceira). Os utensilios empregados e o processo de fabrico são os usuais, não tendo por isso nada a acrescentar ao que já por várias vezes tenho dito. Os produtos fabricados e os preços de venda são os seguintes:
Telha ordinária, a 5$000 reis o milheiro.
Tijolos cheios, de 0m,22 por 0m,11 por 0m,06, a 6$000 reis o milheiro.
Tijolos ocos, de 0m,24 por 0m,12 por 0m,7, a 6$000 reis o milheiro.
Ladrilhos, de 0m,15 por 0m,25 ou 0m,30 por 0m,30, de 20 a 30 reis cada um.
Telhões, a 90 reis cada um.
Manilhas, de 0m,05 ou 0m,18 de diâmetro, 70 a 200 reis cada uma.
As manilhas são vidradas a zarcão.
A produção anual deve ser pouco mais ou menos a seguinte:
Manilhas, 400.
Telhões, 400.
Telha: 60 milheiros.
Tijolos e ladrilhos, 200 milheiros.
O rendimento anual pode calcular-se em 1:700$000 reis.
Os mercados de venda são a própria freguesia e as vizinhas, mas principalmente a Figueira da Foz.
Os operários que estes fornos empregam são 5 homens, 2 rapazes e 2 mulheres.
Os jornais dos diferentes operários são os seguintes: 400 reis para os homens, 160 reis para as mulheres e 100 reis para os rapazes”.
No ano de 1916 lemos a seguinte notícia: “Ouvimos que o sr. José Russo, de sociedade com o sr. Luís João Rosa, querem explorar na propriedade desde nosso amigo o fabrico de telha e tijolo, montando para isso ali o respectivo forno e necessárias dependências. A instalação será feita na parte da quinta junto ao Senhor da Areeira, que é onde abunda mais o barro próprio para tal indústria. A confirmar-se esta informação, será de louvar a iniciativa dos srs. Rosa e Russo, porque são louváveis todos os esforços tendentes a desenvolver o trabalho local”. Mas, dias depois, José Russo (devia ser o filho e herdeiro do primeiro dono dos fornos acima referidos) anuncia que tinha resolvido não se associar para montar uma tijolaria na Quinta de Luís João Rosa embora, na verdade, tenham pensado nisso em tempos passados.
No “Anuário Figueirense”, em 1918, numa descrição da nossa freguesia, vem o seguinte apontamento: “... além dos trabalhos agrícolas a que esta povoação principalmente se consagra, há aqui um regular número de operários de diversas indústrias que trabalham na ou para a Figueira, havendo também uma fábrica de tijolo dos srs. José Russo & Companhia”.
Alguns dias depois, e num semanário figueirense, o correspondente local insere a seguinte nota: “ Ao Senhor da Arieira, nas instalações do forno da telha do nosso bom amigo José Russo, tem este activo cidadão feito algumas obras, para estabelecer-se com forno para cozer pão e broa, venda de vinho, tabaco, etc. etc. A sua abertura será no dia 1º. de Maio, e ali apresentará o bom vinho de Brenha. Local de bastante movimento, não deixará de ser muito concorrido, principalmente aos domingos, pelos apreciadores da bela pinga, que ali se farão acompanhar das respectivas merendas. Ao nosso amigo José Russo desejamos bastas felicidades no seu empreendimento”.
Noticiando a abertura do estabelecimento, encontrámos a seguinte nota: “... abriu naquele pitoresco recinto e no dia primeiro de Maio corrente, um estabelecimento comercial no qual vende as afamadas pinguinhas de Brenha, tabacos, petiscos, etc., não faltando uma bem montada padaria, indispensável na nossa terra, que de uma carecia há já muitos anos”.
A propósito deste estabelecimento, não resisto a transcrever aqui uma nota, de Dezembro de 1918, relatando uma caçada que terminou em patuscada na loja do Senhor do Arieiro:
“Aqui na nossa terra há, como se sabe, grande número de caçadores dignos deste nome, que este ano têem abatido muitos coelhos, perdizes, etc., etc. Nesse número de bons caçadores figuram os srs. Manuel Leonor, Manuel Migueis, José Russo, e tantos outros cujos nomes agora nos não recorda que, ainda num dos dias da pretérita semana, reunidos em grupo, resolveram fazer uma caçada ao coelho, levando na sua companhia grande número de principiantes na caça, como Amaral, Arménio, A. Silva, Zé Noca, etc., e o impagável António Cação Russo, mais conhecido por Antonio da Quinta.
Nas alturas do Prazo, o perspicaz e fino olho de detective deste nosso amigo avistou uma galinhola e, não se fiando em si mesmo, diz aos seus mestres que lhe atirem, porque a ave está boa. Há uma artilharia pegada e a galinhola sempre se vai embora. Eis porém que o António da Quinta, ripando da sua bela espingarda de dois canos, dispara sobre o pássaro um bem acertado tiro que, alvejando-o (diz ele) o fez cair imediatamente!... Morta a galinhola, foi pelos velhos caçadores conferido ao herói da tarde um diploma de atirador especial, dando-lhes todos a sua direita...
Chegou a noite e, deviam ser aproximadamente 7 horas, começaram todos os caçadores por comer o opíparo jantar que haviam mandado fazer em honra de António da Quinta, isto em casa do Zé Russo, ao Senhor da Arieira. A ampla sala achava-se ricamente engalanada com colchas de damasco, flores naturais e artificiais, balões à veneziana, etc., tudo a incitar para a festa e para a alegria, pois é incontestável que foi um dia festivo e alegre para todos que naquela caçada haviam tomado parte...
Ao toust usaram da palavra vários convivas, brindando todos em honra do António da Quinta, que no fim comovidamente agradeceu aos seus amigos as “imerecidas palavras com que o haviam distinguido”. Hurras e mais hurras, aclamações, etc., põem termo à festa, tudo na melhor... ordem e harmonia, todos no mais elevado grau de alegria, ficando gravado no espírito de todos o memorável dia em que António da Quinta foi honrado com um diploma, com um jantar, e com discursos, por ter dado provas abundantes da sua audácia e finura na soberba caçada em que tomou parte num dos dias da semana que passou. Sabendo isto, não podemos de forma alguma deixar de felicitar o nosso amigo, e com um abraço vão os nossos mais ardentes desejos de que este ano mate mais galinholas, mas que já estejam, porém, com 7 ou mais tiros na pele, como sucedeu àquela que o amigo António da Quinta matou um destes dias, graças a um certeiro tiro disparado pelo exímio caçador Zé Russo, pois foi ele quem primeiro a alvejou e que ficou sendo alvo da inveja e do despeito...”.
Passados dois anos já estava constituida uma firma, sob a denominação de “Cerâmica Exportadora, Lda”, e, em Agosto desse ano, “as instalações continuavam a ser ampliadas e melhoradas mal podendo, pela afluência de pedidos, satisfazer as encomendas de telha e tijolo que diariamente lhe chegam”.
Fábrica da Cerâmica e Exportadora, Lda., ao Senhor do Arieiro (foto da Junta de Freguesia)
No início de 1921, esta empresa sofreu um grande impulso nas suas diferentes secções e aumentou o capital social para 150 contos. “... Além da fábrica de telha, tijolo e telhões, ao Senhor da Areeira, Tavarede, de cujos fornos sai diariamente larga produção, faz a Cerâmica importantíssimas transacções com a venda de óleos, gasolina, material eléctrico, etc., tendo a representação de algumas das mais consideradas casas de Lisboa, Porto e estrangeiro. A gerência da Cerâmica está confiada ao sr. António Pereira Correia, a cuja iniciativa ela muita deve já, e agora, mais larga e desafogadamente desenvolvidos os seus negócios, não deixarão estes de acentuar-se com correspondente recompensa para os que pugnam pelos seus progressos. É este o nosso desejo”.
Como mera curiosidade, aqui dou nota dos sócios e gerência da sociedade, conforme a escritura daquele aumento: “dr. Ernesto Ferreira Gomes Tomé, 15.000$00; António Pereira Correia, 15.000$00; Frutuoso Veiga da Silva Gomes, 15.000$00; António Justino da Costa, 15.000$00; Costa & Ribeiro, Lda., 10.000$00; Joaquim Reis Pinto, 9.000$00; Pessoa & Veiga, 10.000$00; Alfredo Pedro de Almeida, 10.000$00; Filipe Manuel da Silva, 9.000$00; Fernando Alves de Azevedo, 6.000$00; António Ferreira da Assunção, 8.000$00; José Martins, 5.000$00; José Maria Costa, 5.000$00; Joaquim Alfredo Pessoa, 4.000$00; Julio Leopoldo Fernandes de Matos, 3.000$00; Alberto Perreira Correia, 6.000$00; e D. Celeste Vieira Gomes, 5.000$00. A gerência e administração, cujos escritórios funcionavam no Largo do Carvão, na Figueira, sem remuneração e com dispensa de caução, incumbia especialmente ao sócio António Pereira Correia, “que será auxiliado, quando o julgue conveniente, pelos sócios Filipe Manuel da Silva e António Justino da Costa”. O presidente do conselho fiscal era o dr. Ernesto Gomes Tomé”.
No início de 1921, esta empresa sofreu um grande impulso nas suas diferentes secções e aumentou o capital social para 150 contos. “... Além da fábrica de telha, tijolo e telhões, ao Senhor da Areeira, Tavarede, de cujos fornos sai diariamente larga produção, faz a Cerâmica importantíssimas transacções com a venda de óleos, gasolina, material eléctrico, etc., tendo a representação de algumas das mais consideradas casas de Lisboa, Porto e estrangeiro. A gerência da Cerâmica está confiada ao sr. António Pereira Correia, a cuja iniciativa ela muita deve já, e agora, mais larga e desafogadamente desenvolvidos os seus negócios, não deixarão estes de acentuar-se com correspondente recompensa para os que pugnam pelos seus progressos. É este o nosso desejo”.
Como mera curiosidade, aqui dou nota dos sócios e gerência da sociedade, conforme a escritura daquele aumento: “dr. Ernesto Ferreira Gomes Tomé, 15.000$00; António Pereira Correia, 15.000$00; Frutuoso Veiga da Silva Gomes, 15.000$00; António Justino da Costa, 15.000$00; Costa & Ribeiro, Lda., 10.000$00; Joaquim Reis Pinto, 9.000$00; Pessoa & Veiga, 10.000$00; Alfredo Pedro de Almeida, 10.000$00; Filipe Manuel da Silva, 9.000$00; Fernando Alves de Azevedo, 6.000$00; António Ferreira da Assunção, 8.000$00; José Martins, 5.000$00; José Maria Costa, 5.000$00; Joaquim Alfredo Pessoa, 4.000$00; Julio Leopoldo Fernandes de Matos, 3.000$00; Alberto Perreira Correia, 6.000$00; e D. Celeste Vieira Gomes, 5.000$00. A gerência e administração, cujos escritórios funcionavam no Largo do Carvão, na Figueira, sem remuneração e com dispensa de caução, incumbia especialmente ao sócio António Pereira Correia, “que será auxiliado, quando o julgue conveniente, pelos sócios Filipe Manuel da Silva e António Justino da Costa”. O presidente do conselho fiscal era o dr. Ernesto Gomes Tomé”.
Escritórios da Cerâmica e Exportadora, na Figueira (foto Arquivo Municipal)
(continua)
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