Igualmente
referimos o sexto aniversário do Grupo Musical Carritense. Pela forma como vem servindo a causa que abraçou – educação do povo -,
merece que lhe rendamos as nossas homenagens, fazendo votos sinceros para que a
tão útil instituição nunca faltem forças para seguir no caminho do progresso,
isto é, no engrandecimento de Tavarede.
Encontrámos o registo da programação de
mais duas saídas. Uma do Grupo Musical, que estava a organizar uma excursão a
Leiria, com as operetas Noite de Santo
António e Entre duas Avé-Marias.
Outra, a Sociedade, que em Março de 1930 chegou a ter combinada uma ida a Vizeu
com as fantasias O sonho do cavador e
A cigarra e a formiga.
Pensamos
que nenhuma destas deslocações se concretizou. Da última verificou-se a
indisponibilidade da sala na data prevista e quanto à primeira não se encontrou
mais qualquer informação na imprensa nem nos registos da associação.
Este
ano de 1930 foi dificil, mesmo dramática para o Grupo, como já referimos. Mas,
para finalizar este caderno, iremos agora registar a primeira saída do grupo
cénico da Sociedade de Instrução para fora do concelho. Teve lugar em Julho
daquele ano, com as fantasias A cigarra e
a formiga e O sonho do cavador.
A primeira deslocação a Tomar
A
direcção da simpática Sociedade de Instrução Tavaredense tem fortes razões para
sentir-se inteiramente satisfeita com o brilho invulgar, com o êxito
verdadeiramente notável da sua última iniciativa: a visita a Tomar.
Promovendo
esta visita, a Sociedade de Instrução não proporcionou somente um passeio
magnífico, tanto sob o ponto de vista de beleza como educativo, aos 80
elementos da sua secção teatro: realizou um acto digno de ser considerado pelo
que êle representa de valioso no estreitamento de relações entre Figueira e
Tomar, na propaganda recíproca das duas cidades.
Tomar
conhece mais a Figueira do que a Figueira conhece Tomar. Ali o número de
pessoas que vêm à nossa praia passar o verão é relativamente elevado,
constituindo uma colónia em que predominam a admiração e a simpatia pela nossa
terra. Com a visita de agora, se esta simpatia naturalmente alastra e se
avigora, também é verdade que Tomar conquistou lugar no espírito dos
figueirenses, que para a Figueira vieram verdadeiramente encantados. E tanto e
de tal maneira, que muitos se dispõem a repetir o passeio e fazem, aliás com
verdade, a mais convincente propaganda de Tomar.
E
compreende-se que assim seja!
Tomar
é uma terra privilegiada de beleza. A cidade não é grande. Quem subiu lá acima
ao castelo – que panorama de deslumbramento! – vê-a muito aconchegada, as casas
encostadas umas às outras, comprimindo-se, afastando-se dum e outro lado das
ruas perpendiculares que vão dar ao sopé do monte, partindo da praça em frente
da Câmara, até que a vista encontra, lá ao fundo, a corrente verde-azulada do
rio, ensombrado de esguios choupos e langorosos chorões. Mas as suas belezas
naturais e o valor artístico dos seus monumentos dão-lhe grande e justo renome
como verdadeira cidade de turismo que é.
A
paisagem é deslumbradora. Em redor, perdendo-se nos longes, alastra na planície
e trepa às encostas a mancha acizentada dos olivedos, sôbre os quais o oiro do
sol parece transformar-se em prata.
Mais
perto de nós, nos jardins e nos quintais que ficam dentro da cidade, a
vegetação é exuberante, o verde é o fundo sôbre que se projecta e brinca e se
transforma a luz.
Há
frescura saudável – Tomar bebe-a constantemente no seu rio pródigo e lindo,
fonte de riqueza e de poesia: são as águas nabantinas que alimentam as noras
pitorescas que regam hortas e jardins, e cantam nos açudes a canção da energia
que movimenta os maquinismos das fábricas, e dão a graça e a ternura ao arvoredo
e às sebes das margens acolhedoras que chamam pelo Amor...
O
convento de Cristo é uma jóia que por si só justifica uma visita a Tomar. O
espírito sente-se preso no rendilhado daquelas pedras que falam da nossa
história – e as horas passam sem que sintamos aproximar o desejo de nos
apartarmos de tanta maravilha.
E
o povo de Tomar? A sua franqueza, a sua comunicativa sinceridade, o carinho que
não esconde aos seus visitantes, o espírito acolhedor que faz a sua tradição de
povo hospitaleiro como nenhum outro o é mais!
Tomar
vivia há cêrca de um mês no pensamento dos promotores dêste passeio. Até que o
dia próprio chegou.
A
excursão partiu da Figueira no combóio das 9,50 de domingo, seguindo nela, além
dos elementos do grupo teatral da Sociedade de Instrução Tavaredense, muitas
outras pessoas da Figueira. Eram cêrca de duas centenas os excursionistas. E
muitas mais teriam sido se a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses
tivesse concedido facilidades para o transporte. Além das que seguiram pelo combóio
muitas pessoas foram da Figueira em automóveis.
Após
uma longa demora na Lamarosa, chega o combóio que conduz a excursão pelo ramal
de Tomar.
Os
figueirenses sabiam, contavam que seriam recebidos com simpatia. Mas não podiam
esperar a grandiosidade das manifestações que lhes reservavam os tomarenses.
Finalmente
o combóio parou, e uma grande girândola de foguetes estraleja no espaço. Cá
dentro, na gare, trocam-se os primeiros cumprimentos estão a comissão de
recepção, representantes da Câmara Municipal, das diversas agremiações locais,
imprensa, etc.; está também a comissão de gentis senhoras, a quem o presidente
da Sociedade de Instrução Tavaredense oferece, em nome dos excursionistas, um
lindíssimo ramo de cravos.
Lá
fora, uma multidão enorme aguardava os visitantes. A manifestação é calorosa,
ouvindo-se palmas e vivas incessantemente. O estandarte da Sociedade de
Instrução cruza com os das associações que ali esperavam. A Tuna Comercial e
Industrial de Tomar, a Banda Republicana Marcial Nabantina e a Sociedade
Filarmónica Gualdim Pais executam os seus hinos. E, em meio de grande
entusiasmo, forma-se um cortejo imponente em que estão representados, além da
comissão de recepção, a Câmara Municipal, Associação Comercial e Industrial,
Centro Democrático Tomarense, Clube Tomarense, Grémio Artístico Tomarense, Tuna
Comercial e Industrial de Tomar, Banda Republicana Marcial Nabantina, Sociedade
Filarmónica Gualdim Pais, Sporting Clube de Tomar, União Foot-ball Comércio e
Indústria, Associação de Classe dos Caixeiros de Tomar, Orfeão Tomarense,
jornal “De Tomar”, jornal “Acção”, Liga dos Combatentes da Grande Guerra, os
excursionistas e muito povo.
O
cortejo atravessou as ruas da cidade por entre aclamações e vivas. Das janelas
pendiam ricas e lindas colchas e as senhoras atiravam flores. Os da Figueira,
entusiasmados e reconhecidos, gritavam: - “Viva Tomar! Vivam as senhoras de
Tomar! Viva o povo tomarense!” – e logo a multidão correspondia e as muitas
centenas de vozes diziam: “Viva a Figueira! Viva a Sociedade de Instrução
Tavaredense!”.
O
cortejo, enorme, imponente, as bandas de música e a tuna tocando
alternadamente, sobe a Rua de Serpa Pinto, cujo aspecto era deslumbrante. As
aclamações sucedem-se e as flores não deixam de caír das janelas engalanadas. Ao
desembocar na praça, em frente ao edifício da Câmara Municipal, uma grande
girândola de foguetes sobe e estraleja no ar.
Os
excursionistas são recebidos na escada pela comissão administrativa e sobem ao
andar nobre. A sala das sessões enche-se rapidamente, ficando a multidão pela
escadaria e no largo fronteiro.
O
sr. tenente José da Rocha Mendes, vogal da comissão administrativa que estava
servindo de presidente, apresenta saudações de boas-vindas aos visitantes.
No
seu discurso fala das belezas de Tomar, dos seus atractivos como cidade de
turismo, dos seus monumentos gloriosos. Afirma a sua simpatia pelos visitantes
e faz um elogio rasgado e caloroso da acção educativa da Sociedade de Instrução
Tavaredense, promotora desta excursão, lamentando que associações como estas
não estejam espalhadas por todo o país. Ao terminar, afirmando o seu desejo de
que os visitantes levem de Tomar as mesmas agradáveis impressões que de si hão
de deixar, ouviu-se uma entusiástica e prolongada ovação.
Respondeu
José Ribeiro em nome dos excursionistas. Num discurso breve agradeceu as
saudações e afirmou o seu reconhecimento perdurável pelo acolhimento mais do
que amável, mais do que gentil, porque era sinceramente carinhoso, que lhes
dispensava o povo de Tomar e que ali, na Câmara Municipal, tão eloquentemente
se ratificava. E, tendo palavras de admiração pela cidade de Tomar, e pelas
qualidades afectivas e virtudes cívicas do seu povo, terminou erguendo um viva
a Tomar, que foi secundado e aplaudido delirantemente.
Terminada
a sessão de boas-vindas, que foi entusiástica e amistosíssima, o cortejo
dispersou.
Depois
de a Direcção da Sociedade de Instrução Tavaredense ter apresentado
cumprimentos no Quartel General, foi recebida, com mais figueirenses que a
acompanhavam, no Grémio Artístico, onde lhe foi oferecido um “Pôrto de Honra”
pela comissão de recepção, constituída pelos senhores..........
Trocaram-se
entusiásticos brindes por Tomar, pela Figueira, por Tavarede, pelas agremiações
de Tomar e pela Sociedade promotora da excursão.
Esta
gentileza da comissão de recepção – que não seria a última! – deixou os
visitantes reconhecidíssimos.
Muitos
excursionistas aproveitaram o resto da tarde para visitar os lugares pitorescos
da cidade.
À
noite realizava-se no teatro a récita anunciada, na qual o grupo da Sociedade
de Instrução Tavaredense representava a fantasia A Cigarra e a Formiga.
Os
visitantes, ao entrarem no teatro, não puderam esconder a sua surprêsa. A sala
estava ricamente ornamentada. Mas não era apenas a riqueza da ornamentação que
deslumbrava: eram, sobretudo, o seu bom-gôsto e a sua requintada feição
artística. No proscénio, suspensas no alto, uma enorme cigarra e uma formiga de
igual tamanho eram como que o título da peça que ia representar-se ali no
palco. Magistralmente construídas, são um trabalho que honra quem o fez, o sr.
Augusto Alves Henriques. E tôda a restante ornamentação, que recebeu a
influência e foi dirigida pelo sentimento artístico do sr. Francisco António
Ainado, era alusiva à peça. Na ribalta, sôbre a verdura das ervas, viam-se dois
carreiros de formigas – curiosíssima estilização – carregando caixas e sacos; a
um e outro lado do palco, duas grandes cigarras tocando guitarra, com efeitos
de luz eléctrica. No primeiro balcão, em tôda a volta, em quadros encimados por
uma cigarra, descrevia-se a fábula de La Fontaine ; aqui e ali, sôbre as colchas
riquíssimas artisticamente dispostas, mais cigarras; e ainda em tôda a volta –
um friso de formigas; e muitas flores artificiais, feitas por mãos delicadas de
senhoras, agrupavam-se em lindos desenhos. Tudo isto formava um conjunto raro
de beleza, produzindo um efeito deslumbrante.
Quando
subiu o pano, estavam no palco a comissão de gentis senhoras de Tomar – srªs
DD.........., alguns elementos da comissão de recepção e os representantes da
Sociedade de Instrução Tavaredense, com o estandarte. A orquestra executou o
hino desta colectividade, que a assistência saúda com uma carinhosa salva de
palmas.
O
sr. dr. Amilcar Tavares Casquilho faz, num discurso brilhante, a apresentação
do grupo de amadores tavaredenses e do sr. dr. José Gomes Cruz, que com
perfeito conhecimento poderá falar à assistência da acção dêste simpático
núcleo. Regosija-se com esta visita, salientando as vantagens que podem
resultar dum maior estreitamento de relações entre a Figueira e Tomar, e
termina com um viva à Sociedade de Instrução Tavaredense. A assistência
aplaudiu demoradamente o sr. dr. Casquilho.
Respondeu-lhe
o sr. dr. José Cruz, que agradeceu as referências feitas e explicou a
constituição dêste grupo de amadores da sua terra, falando também sôbre a obra
educativa da Sociedade de Instrução. Terminou exprimindo a gratidão que ia no
espírito de todos os que vieram a Tomar e aqui tiveram o penhorante e
inesquecível acolhimento que lhes foi dispensado. Uma salva de palmas,
entusiásticas, demorada se ouviu sôbre as últimas palavras do ilustre
tavaredense, palmas que de novo se reacendem quando da comissão de senhoras se
destaca a figura gentilíssima da sua presidente e coloca na bandeira da
Sociedade de Instrução Tavaredense uma fita comemorativa desta visita. É uma
riquíssima fita de sêda preta e vermelha – as côres da cidade de Tomar –
primoroso trabalho de pintura do sr. Joaquim Tamagnini Barbosa, figura de
prestígio moral pelas suas qualidades e virtudes cívicas e que desta forma se
associou às homenagens prestadas pelos tomarenses.
Seguiu-se
a representação da fantasia A Cigarra e a Formiga, cujo agrado foi enorme. Logo
no 1º acto, quando terminou o número de apresentação de José Cigarra, a
assistência irrompeu na ovação mais calorosa que pode imaginar-se. Os bravos e
as palmas demoraram-se com um entusiasmo indescritivel. Muitos números foram
bisados e nos finais de acto as ovações atingiram o rubro.
A
assistência, tendo sabido que estava num camarote o distinto artista e poeta
Alberto de Lacerda, obrigou-o a vir ao palco. António Simões teve várias
chamadas especiais, sendo aplaudidíssimo com admiração e simpatia.
O
teatro estava cheio e os espectadores retiraram com uma impressão de agrado que
a ninguém escondiam.
Tomar
tem a sua Misericórdia. É uma instituição benemérita, cujo estabelecimento
hospitalar é digno de ver-se. Faz honra à cidade. Não será fácil encontrar
melhor, nem sequer igual, em terras como Tomar. Quem o visita traz de lá uma
impressão que não esquece. A amplidão dos seus corredores, o asseio irrepreensível,
o confôrto que se prodigaliza aos doentes, o bem-estar possível, as enfermarias
bem arejadas e cheias de luz, a esplêndida e moderna sala de cirurgia – como a
da Misericórdia da Figueira -, tôdas as dependências e instalações bem
situadas, conforme o plano geral previamente estudado por arquitecto
competente, tudo isto e o mais impressiona bem. E êste notabilíssimo
desenvolvimento do hospital de Tomar é obra de relativamente poucos anos.
Fez-se com um auxílio dum donativo de 240 contos do benemérito sr. João de
Oliveira Casquilho, honrado e bemquisto cidadão felizmente ainda vivo, com mais
de 90 anos, e cuja actividade e espírito empreendedor estão bem patentes na sua
fábrica de papel da Matrena. Mas esta obra benemérita do hospital deve-se
também à sua Mesa administrativa, que tem como provedor o respeitado tomarense
sr. João Tôrres Pereira, figura de prestígio cujos cabelos brancos falam dos
seus muitos anos dedicação à sua terra; e principalmente, ao distinto médico
sr. dr. Cândido Madureira, alma talhada para o bem, dedicando-se inteiramente
ao sofrimento alheio. Trabalha no hospital há quási trinta anos, com uma
devoção, uma pertinácia e, sobretudo, uma inteligência notáveis. Quando se
encontram exemplos como êste do dr. Madureira – que a população tomarense
justamente admira com simpatia – não se pode deixar de acreditar na
solidariedade e na bondade da alma.
Pois
a Sociedade de Instrução Tavaredense ofereceu à Misericórdia a récita de
segunda-feira.
O
teatro encheu-se de novo. O mesmo entusiasmo. A mesma vibração. O mesmo
sentimento de carinho a manifestar-se em tudo e em todos. Se na véspera
intérpretes, autores e maestro foram aplaudidos e chamados, não o foram com
menos entusiasmo no Sonho do Cavador. A excelente orquestra contribuiu
poderosamente para o brilho do espectáculo. Justamente foi de novo chamado ao
palco António Simões, a quem os espectadores significaram o seu muito agrado
pela formosa partitura. E a récita terminou – tendo José Ribeiro proferido
algumas palavras de despedida e agradecimento – em meio dum entusiasmo
delirante.
O
provedor da Misericórdia e o médico sr. dr. Madureira foram ao palco
cunprimentar o grupo.
O
regresso fêz-se na têrça-feira, no combóio que sai de Tomar às 12,35.
À
estação do caminho e ferro foram apresentar despedidas representantes da
comissão de recepção e de várias organizações locais. Também ali estiveram os
srs. Tôrres Pereira e dr. Cândido Madureira, representando a Misericórdia. À
partida do combóio ergueram-se vivas e trocaram-se despedidas que exprimiam a
alegria e a saudade, tanto nos que partiam como nos que ficavam.
Uma
outra demonstração de simpatia estava ainda reservada aos excursionistas: um grupo
de tomarenses veio de automóvel a Chão de Maçãs, ao encontro do combóio em que
a excursão regressava à Figueira, fazendo entrega dum ramo de flores.
=
Os excursionistas, dividindo-se em grupos, visitaram os pontos mais agradáveis
da cidade, monumentos, fábricas, etc. Demoraram-se no aprazível parque do
Monchão, gozando a sua amenidade; subiram ao castelo dos templários,
percorreram o famoso e formoso Convento de Cristo; viram funcionar as fábricas
de tecidos de algodão, assistiram ao fabrico de papel no Prado e na Matrena,
etc. etc. De tôda a parte trouxeram as impressões mais gratas pelas facilidades
que lhes dispensaram.
=
Assistiu aos dois espectáculos o sr. brigadeiro Lacerda Machado, comandante da
região, a quem a comissão de recepção apresentou a direcção da Sociedade de
Instrução Tavaredense.
=
Muitas foram as amabilidades recebidas. A firma Joaquim José Soeiro, ofereceu
às amadoras do grupo dramático uma caixa de finíssimos rebuçados da sua fábrica
“A Preferida”.
=
A direcção do Grémio Artístico foi duma cativante gentileza para com os
visitantes, pondo as suas salas inteiramente à sua disposição. No fim dos
espectáculos foram ali oferecidos bailes aos componentes do grupo dramático e
pessoas que o acompanhavam, dançando-se animadamente, nas duas noites, até
cêrca das 5 horas da madrugada.
=
Os excursionistas, que se distribuiram pelo Hotel União Comercial, Pensão
Moderna e Hotel Nabão, fazem as melhores referências à maneira como foram
tratados.
=
A Sociedade promotora desta visita está reconhecidíssima à comissão de
recepção, que foi incansável. A gratidão da Sociedade de Instrução Tavaredense
é profunda, e não pode exprimir-se em palavras.
Merece
também os maiores elogios o Sporting Clube de Tomar, que propositadamente não
deu espectáculo no domingo.
Foi
ainda importantíssima a colaboração dos briosos rapazes do União Foot-ball
Comércio e Indústria, na ornamentação do teatro. Durante noites consecutivas
trabalhou-se activamente nas salas dêste clube.
=
O jornal “De Tomar” publicou um número especial que foi distribuído pelos
visitantes. A primeira página era-lhes dedicada e trazia uma gravura da praia
da Figueira.
=
Regosijamo-nos com o êxito brilhantíssimo desta iniciativa da Sociedade de
Instrução Tavaredense. Felicitamo-la.
E,
saudando a hospitaleira cidade de Tomar, formulamos sinceros votos pelo seu
progresso.
Iremos
continuar estas recordações num segundo caderno. Ainda nos debruçaremos aos
finais da década de 1920 – 1930. Não sabemos se conseguiremos narrar o que de
mais marcante se passou na terra do limonete relativamente ao Associativismo.
As desavenças foram muitas. E, como sabemos, se a Sociedade de Instrução soube
ultrapassar as adversidades, o Grupo Musical foi a grande vítima, vendo-se na
necessidade de vender a sua sede e ali continuar como inquilino. Pouco tempo,
digamos desde já!
Uma cena de Mãe Maria - Grupo
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