António
Leite de Quadros e Sousa
9º. Senhor de Tavarede – Morgado
D.
Brites Josefa da Silva e Castro faleceu em Tavarede a 16 de Janeiro de 1781,
sendo sepultada no convento de Santo António, da Figueira da Foz. Foi então que
seu segundo filho, António Leite de Quadros e Sousa herdou o senhorio de
Tavarede e o morgado.
Em
13 de Janeiro de 1753, por mercê régia, foi moço
fidalgo da Casa Real, sendo dotado com 1 000 reis de moradia por mês e um alqueire
de cevada por dia.
Seguiu a carreira militar, assentando praça, voluntariamente, como cadete no
regimento de Cavalaria de Dragões. Foi promovido a tenente em Junho de 1759.
Serviu no regimento da guarnição da Corte, com cuja companhia marchou para o
acantonamento do Ribatejo e esteve na campanha da guerra.
Regressando
à Corte, foi promovido a capitão, por patente de 1 de Junho de 1769. Esteve
colocado em Lisboa até Janeiro de 1770, data em que passou a Capitão do
Regimento de Cavalaria de Elvas.
Em Elvas estava ainda colocado em 1779, mostrando porém as
várias licenças que o puzeram inactivo durante quase todo esse ano, que as
aproveitava para se deslocar a Tavarede. A expectativa de suceder na Casa de
Tavarede, agora aumentada pela prisão do irmão, são sem dúvida a causa de ter
requerido em Outubro de 1779, que os seus 21 anos de serviço sem remuneração
fossem compensados pela mercê de um hábito da Ordem de Cristo, com a tença
efectiva que lhe competia e a faculdade para renunciar. Não pretendia certamente
abandonar o serviço militar, onde militara ‘sempre com distinta honra e louváveis procedimentos, sem nota ou
baixa em seus assentos’, sem receber qualquer compensação, escreve-se em
‘A Casa de Tavarede’.
No
ano seguinte, 1780, esteve colocado em Lisboa como capitão de cavalos das
tropas da Rainha, tendo regressado a Tavarede nos princípios de 1781.
Havia
constituído seu procurador o seu capelão, o reverendo José Vieira Pinto,
residente em Tavarede, habilitando-o a celebrar
escrituras de aforamento e para efectuar reconhecimentos e pedir a renovação
dos prazos da Morraceira e de Lares, caso as vidas estivessem extintas.
Durante
os anos de 1780 a 1785 novos aforamentos foram feitos no Figueira. As
escrituras relativas a estes aforamentos revelam que no tempo de António Leite
de Quadros e Sousa se concediam para construção de casas
terrenos de 40 palmos de frente para as ruas que iam sendo abertas…
Também
continuou com a administração dos fornos de poia, mediante arrendamentos ou
aforamentos. Em 1785 requereu à Câmara da Figueira licença para mudar o seu
forno sito na Rua Bela para a Ladeira da Lomba, tendo o pedido sido deferido
com a condição de reparar o caminho para o local da nova construção.
Faleceu
em Tavarede no dia 10 de Outubro de 1785, solteiro e sem deixar descendência.
Parece que estava para casar. Foi o último da família a ser sepultado na capela
mor do convento de Santo António, da Figueira.
Antes
de falecer fez testamento deixando como sua sucessora e herdeira a sua sobrinha
D. Antónia Madalena de Quadros e Sousa.
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