sexta-feira, 25 de julho de 2014

As Operetas em Tavarede - 27

         No romance, tal como no teatro, e algumas vezes na vida real, dão-se as situações mais inverosímeis. Ao ouvir a história, o Major Samora não se contém.

         Major Samora – “ Justo Deus! Pois eu tinha uma filha? Sr. José Urbano, o militar, o aventureiro, o miserável que acusou, sou eu; não ficou atravessado por uma bala no campo da batalha, mas por muito tempo o conservou num leito de doença, e quando se ergueu, foi seu primeiro pensamento a mulher que verdadeiramente amara. Disseram-lhe que tinha morrido, mas nunca ele soube que lhe ficara uma filha”...

         E pronto, acabou-se a história. Já não havia qualquer motivo para que José Urbano continuasse a recusar a mão de sua sobrinha ao Alferes Rialva. Graças a Roberta fez-se justiça, ou melhor, graças a Roberta houve “Justiça de Sua Majestade”.

            Roberta         
    Digam agora os pequenos
    Que não fui eu que os uni!
    Ao menos
    Sou a primeira daqui
   A dar-lhe os meus parabéns!

              Todos                             
    Parabéns, parabéns e parabéns!

            D. Joana   
   Tens razão,
   Roberta, tens,
   Que sem ti
   Não veríamos jamais
   Esta união!

            Rialva   
   Todos vós que nos saudais
   A convicção
   Podeis levar
   De que em nosso coração
   Tendes eterno lugar!

            José Urbano       
    E o velho... fique sozinho,
     Trate de azeite e de vinho
      Até que... Deus tenha dó...

            Todos    
    O patrão não fica só...

            José Urbano  
      Fui injusto, mil perdões.

            Todos      
     Tem criados
      Dedicados!

            Roberta  
     Que é família dos patrões.

            José Urbano 
     Fui injusto, mil perdões!

            Todos   
     Os criados
     Dedicados
     São família dos patrões.



F I M



(A seguir: Uma chávena de chá... de limonete)

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