“Mais conhecido por José Maria Peniche, por seu pai ser natural desta vila, nasceu na Figueira, passando mais tarde a residir em Tavarede. E aos 10 anos, em 7 de Janeiro, entrou as portas das Oficinas Mota, então dirigidas por Urbano Fernandes da Silva Mota, como aprendiz, com o salário de 30 reis por semana, o preço de 2 pães”.
Fez a instrução primária na escola do “anão”, na Rua da Fé, na escola de “Santo Antoninho”, na Rua 9 de Julho e na escola da Associação de Instrução Popular, na Rua da Cadeia.
Aposentou-se com 80 anos de idade, depois de ter trabalhado, na mesma empresa, mais de 70 anos, apenas faltando durante o tempo em que prestou serviço militar e para tratamento de “algumas queimaduras em serviço”. “80 anos de idade, 70 anos a trabalhar na mesma casa. 70 anos de trabalho profícuo, competente, de alto nível técnico, à escala nacional”.
“Um grupo de antigos e actuais empregados das fundições Mota de Quadros entregou-lhe uma mensagem, com desenhos alusivos à fundição de metais, em homenagem às suas qualidades de camarada e de profissional”.
“Durante uma crise, foi-lhe reduzido o ordenado e também à maior parte dos empregados. Entretanto, reconhecida já a sua capacidade, foi convidado a dirigir uma fundição a construir no Rio de Janeiro. Demovido do projecto de sair do país pelo patrão, logo lhe foi restabelecido o ordenado anterior”.
Foi um dedicado colaborador do grupo cénico da Sociedade de Instrução Tavaredense, desempenhando tarefas na montagem dos cenários e respectivas cenas.
Foi regedor de Tavarede e membro da Comissão Paroquial.
Casou com Preciosa Mota Oliveira, teve duas filhas, Elisa e Augusta, e faleceu no dia 27 de Janeiro de 1982. Era filho de Henrique Marques e Rita da Silva. Nascera no dia 1 de Janeiro de 1890.
Caderno: Tavaredenses com História
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