quarta-feira, 23 de novembro de 2011

QUINTA DA CALMADA

A Quinta da Calmada era, à data do 1º. registo na Conservatória do Registo Predial, um prédio composto de três casas (da Calmada, do Moço e da Malta), terreno lavradio ou de pinhais, pomares e vinhas, sito no sítio da Quinta da Calmada, freguesia de Tavarede.

Confrontações: norte, com herdeiros de Joaquim Alves Fernandes Águas; do sul, com pinhal dos herdeiros de Luiz Duarte da Encarnação e com o caminho superior dos loureiros até à extrema do prédio dos herdeiros de Manuel Dias; do nascente, com herdeiros de Manuel Dias e Roque Gasio; e do poente, com caminho público (inflectindo um pouco para o norte) para a Serra da Boa Viagem.

Pertenceu a Joaquim Marques Ramos Pinto.

Teve como herdeiros: António Mateus Ramos Pinto, nascido em 29 de Novembro de 1889 e falecido na Quinta da Calmada, em 30 de Junho de 1932. Foi empregado superior da Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira Alta, passando depois ao Porto, com a actividade de negociante e exportador de vinhos. Por motivo de doença adquirida no Porto, regressou à sua quinta em Tavarede, onde faleceu. E Joaquim Mateus Ramos Pinto, que à data da morte do irmão, residia em Leiria já há anos.

Em 16 de Outubro de 1942, foi feito um averbamento anexando, no mesmo prédio, dois artigos (33593 e 33594), ficando a constituir um só prédio, composto de terras de semeadura, pomar, pinhal e outras árvores, tais como oliveiras, loureiros, eucaliptos e vinha, com vários poços de rega, uma mina de água, duas casas de habitação, currais, palheiros, eira, mais logradouros e tudo o mais que lhe pertença, e denominado “Quinta da Calmada”, que confronta do norte com o Dr. Manuel Gomes Cruz, do sul com a estrada pública de Buarcos a Tavarede, do nascente com Rosa Francisca e com o Cónego José Duarte Dias de Andrade, e do poente com herdeiros de Luiz Duarte da Encarnação e com estrada pública.

Passou à propriedade da Mútua de Pescadores - Sociedade Mútua de Seguros, com sede em Lisboa, que, por escritura de 29 de Dezembro de 1962, a vendeu à Câmara Municipal da Figueira da Foz, pelo valor de 600 000$00, para instalação do Parque de Campismo, presentemente ampliado com outros terrenos que lhe foram anexados.

O edifício principal foi utilizado, no final da década de 1910/1920 e princípios da década seguinte, como hospital para doentes atacados com a peste bubónica, que, posteriormente à primeira grande guerra, grassou em Portugal, tendo causado muitas vítimas nesta região.

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