sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Teatro da S.I.T - Notas e Críticas - 15

1941

GÉNIO ALEGRE

Amanhã, domingo, realiza-se uma recita no elegante teatrinho da Naval, subindo à cena a encantadora peça em 3 actos dos consagrados escritores espanhois, Irmãos Quintero, “Génio Alegre”, representada pelo aplaudido grupo cénico da Sociedade de Instrução Tavaredense.


“Génio Alegre” é uma das mais belas peças da vasta obra de Joaquim e Serafim Quintero. Trata-se duma comédia sã, alegre, recheada de graça e de ternura, verdadeiro hino à alegria de viver. A sua representação pelo grupo tavaredense constitui um espectaculo de bom cunho artistico, saudavel e optimista.


Esta admiravel peça quinteriana é representada no palco da Naval com todo o rigor de montagem com que o foi já no Teatro Peninsular, desta cidade, no Teatro Avenida, de Coimbra e no Teatro de Tomar, com exito notavel.


O lindo cenário é um trabalho primoroso que honra o distinto Artista Rogério Reynaud.


Nota – A Direcção previne os sócios de que o espectaculo começará rigorosamente à hora marcada, podendo ser impedida a entrada no salão depois de subido o pano. (Jornal Reclamo – 02.15)

UMA LINDA PEÇA PELO GRUPO TAVAREDENSE

Prosseguindo na sua tão louvável actividade, a benemérita Sociedade de Instrução Tavaredense vai no dia 18 apresentar-nos a sua segunda peça deste época: depois da obra vigorosa, fortemente dramática que há pouco aplaudimos, o admirável drama de Marcelino Mesquita – Envelhecer, o grupo cénico tavaredense representará no teatro do Peninsular o Sonho de uma Noite de Agosto, uma peça encantadora, leve, risonha, polvilhada de graça e ternura. Trata-se de mais uma peça do célebre dramaturgo espanhol Martinez Sierra, o autor dessa adorável obra-prima de lirismo teatral que é a Canção do Berço, que também já nos doi dado admirar pelo grupo tavaredense.


Sonho de uma Noite de Agosto são três actos aliciantes, em que a alegria e o bom humor caminham a par em cenas hábilmente construídas, através dum diálogo vivo e espirituoso, constituindo um espectáculo são, alegre e de excelente lição moral.


As admiráveis qualidades da peça são correspondidas por um desempenho brilhante por parte dos amadores tavaredenses e por uma montagem cénica primorosa, em que não é descuidado o mais insignificante pormenor no arranjo das cenas.


Os bilhetes estão já à venda na Tabacaria Africana, podendo contar-se com uma enchente no Peninsular, na noite de 18 do corrente. (Jornal Reclamo – 04.12)

GÉNIO ALEGRE

A importante função social da Obra da Figueira nãr carece de ser exaltada, tão patente está aos olhos dos figueirenses; e igualmente são de todos conhecidas as enormes dificuldades com que luta a benemérita instituição para manter os seus asilos de crianças e velhos. Ao inevitável acréscimo de despesas não tem correspondido aumento de receitas, de tal modo que algumas vezes uma grave ameaça tem pesado sôbre os asilos: fechar as suas portas a novas admissões e, como se isso não fôra bastante doloroso, lançar à rua alguns dos velhos e crianças que ali encontram lenitivo aos azares da vida e até mesmo um certo bem-estar. Essa ameaça parece agora renovada, e por isso a Direcção da Obra da Figueira mais uma vez recorre à generosidade dos figueirenses.


Com o mesmo perfeito desinterêsse e elevado espírito de solidariedade com que tem auxiliado as outras instituições de beneficência da nossa terra, a benemérita Sociedade de Instrução Tavaredense prontamente acorreu ao apêlo da Obra da Figueira: o seu grupo dramático representará na sexta-feira, 2 de Maio, no Teatro Peninsular, a encantadora peça “Génio Alegre”, obra-prima dos célebres Irmãos Quintero, que os amadores tavaredenses apresentam com uma brilhante montagem cénica, admiravelmente emoldurada em lindo cenário que é um dos melhores trabalhos do distinto artista Rogério Reynaud.


O espectáculo é, por si só, recomendável, pois a anedota, que se desenrola em três actos de boa técnica quintereana, é adoravel de graça, de ternura, de saudavel optimismo – verdadeiro hino à alegria de viver. Não admira que o Peninsular tenha uma enchente – e o facto justifica-se tanto mais quanto é certo que ao valor artístico do espectaculo se junta o seu fim altamente simpático. (Jornal Reclamo – 04.26)

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