sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Maria do Saltadouro

Nasceu em Tavarede, no dia 24 de Fevereiro de 1911, filha de Tomás Mendes da Rocha e de Maria Matias. Casou, em Julho de 1940, com António Monteiro de Sousa, e morreu a 15 de Março de 1943.
“À memória da que foi amadora do grupo cénico tavaredense ‘Maria do Saltadouro’, a inteligente e humilde rapariga que amanhava as suas terras, fazia o seu vinho e costurava as suas roupas”.
Mestre José Ribeiro dedicou o seu livro “Chá de Limonete” à memória desta amadora. E, no final do segundo acto, recorda-a nestes versos:

Maria do Saltadouro, ao meio,
entre Elisa Marques e Carolina Oliveira





Maria do Saltadoiro,
- Maria da desventura,
Mãos de fada e alma de oiro! –
A sesta vai acabada…
Arruma a tua costura,
Troca o dedal p’la enxada…


De 1936 a 1942 colaborou no grupo da S.I.T. nas peças Canção do Berço, O Sonho do Cavador, A Morgadinha de Valflor, Entre Giestas e Recompensa.
“… a nossa Maria do Saltadouro, de quem guardo muitas saudades, não teve tempo para se aperfeiçoar. Tinha intuição e era apaixonada pelo teatro. Pouco menos que analfabeta, mas que inteligência! Guardo as cartas que ela me escreveu para a cadeia da Pide, no Porto…”, escreveu, um dia, Mestre José Ribeiro.
A Junta de Freguesia de Tavarede deu o seu nome de “Maria do Saltadouro”, pelo qual era geralmente conhecida, a uma rua que da Rua António Graça desce pela encosta do Vale de Sampaio, onde ela tinha a sua casa e terras que cultivava.

(Caderno: Tavaredenses com história)

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