O Teatro em Tavarede continuava. A nova encenadora, Ana Maria Caetano, pôs em cena, como se referiu, a peça musicada ‘Terra do Limonete’. Agradou bastante. Uma nota crítica refere “Peça escrita pelo saudoso mestre José da Silva Ribeiro, há trinta anos, o seu texto, que nos conta a história de Tavarede desde o século XVI, numa harmoniosa sequência de quadros de fantasia com outros de tradição e pitoresco local, ainda hoje se mantém perfeitamente actual. Assistimos a um dos últimos espectáculos e ficámos agradavelmente surpreendidos com a representação onde a par de antigos e consagrados amadores, surgem muitos elementos novos com excelentes qualidades para fazer teatro. O público que enchia por completo a sala, não regateou fortes e merecidos aplausos ao grupo de Tavarede, ao qual também nós endereçamos os nossos parabéns”.
Integrada no programa comemorativo do 88º. aniversário, a Sociedade de Instrução Tavaredense levou a efeito um acto inédito: ‘a Estafeta do Teatro’. O trajecto escolhido, entre Coimbra (frente ao Teatro Académico de Gil Vicente) e a nossa sede, levou os participantes a cumprimentarem o Grupo de Teatro Amador de Taveiro, saudaram o CITEC, em Montemor-o-Velho, e evocaram, em Maiorca, o Actor Dias.
Para o espectáculo de gala foi ensaiada a peça de Molière ‘O Avarento’, que o grupo levou nesse ano às Jornadas de Teatro Amador, mas, devido a doença de um amador teatral, o espectáculo do aniversário teve de ser adiado, tendo sido convidado, para sua substituição, o Grupo Instrução e Recreio Quiaiense, que igualmente apresentou uma peça de Molière, ‘Médico à Força’.
‘O Avarento’
Foi com esta peça que comemorou o ‘Dia Mundial do Teatro’. E a propósito, aqui deixamos a transcrição da notícia que o jornal ‘O Figueirense’ publicou. “Tavarede, capital do nosso teatro amador concelhio, não poderia, como sucedeu em tantas localidades, deixar de assinalar o Dia Mundial do Teatro, que se comemorou no passado dia 27 de Março. É que se Tavarede tem tradições teatrais como ninguém, a verdade é que todo um Passado glorioso e um Presente não menos digno aumentou as responsabilidades da Sociedade de Instrução Tavaredense.
Assim o entenderam, e muito bem, os seus actuais dirigentes, fazendo subir ao palco, na passada sexta-feira, um senhor chamado Molière, um homem que a todos deu o privilégio da alegria, traduzida e provocada pela magia da arte teatral. E não resistimos a transcrever afirmações de Mestre José Ribeiro, em carta a um amigo, a respeito deste autor universal: “Pois o Molière é um bom amigo. A graça com que ele ri! A ironia com que ele critica! A profundidade do seu estudo da sociedade do seu tempo! Tenho rido com ele. E tenho pensado”.
E estamos certos que com Molière riram os muitos assistentes que na sede da SIT quase, quase enchiam o salão de espectáculos, numa noite em que o ingresso era livre, tal como o riso que os amadores de Tavarede souberam extrair de um texto, a que somaram a postura natural própria, ou só própria, daqueles que sentem Molière. Mas Molière não faz apenas rir (o que já era suficientemente saudável), mas também provoca a reflexão. A reflexão sobre acto de viver, nas suas mais contrastantes situações, o repensar de atitudes no diálogo quotidiano que o Homem trava com o Homem.
E “O Avarento”, peça em 5 actos, é (pode ser) o espelhar do que antes afirmámos, e embora ela decorra no século XVII, nem por isso o dia a dia… dos nossos dias evita o encontrar de posições similares. É tudo uma questão imaginativa. Antes da representação subiu ao palco o Dr. Pedrosa Russo, presidente do Lions, um clube de serviço que tanto tem feito, com as suas Jornadas de Teatro Amador, para o agarrar do Teatro. Com ele a Drª Ana Maria Caetano, ilustre e dedicada continuadora da linha teatral da SIT. Ambos falaram de Teatro, Teatro que é esperança, que é sonho, que é mentira, que é necessidade; Teatro que desperta a solidariedade, que confere dignidade e combate ao racismo. Teatro que também é um modo de estar na vida. Teatro de que Coimbra vai ser capital, mas que bom seria, foi afirmado, não esquecer o restante distrito, não esquecer, acrescentamos nós, Tavarede”.
Integrada no programa comemorativo do 88º. aniversário, a Sociedade de Instrução Tavaredense levou a efeito um acto inédito: ‘a Estafeta do Teatro’. O trajecto escolhido, entre Coimbra (frente ao Teatro Académico de Gil Vicente) e a nossa sede, levou os participantes a cumprimentarem o Grupo de Teatro Amador de Taveiro, saudaram o CITEC, em Montemor-o-Velho, e evocaram, em Maiorca, o Actor Dias.
Para o espectáculo de gala foi ensaiada a peça de Molière ‘O Avarento’, que o grupo levou nesse ano às Jornadas de Teatro Amador, mas, devido a doença de um amador teatral, o espectáculo do aniversário teve de ser adiado, tendo sido convidado, para sua substituição, o Grupo Instrução e Recreio Quiaiense, que igualmente apresentou uma peça de Molière, ‘Médico à Força’.
‘O Avarento’
Foi com esta peça que comemorou o ‘Dia Mundial do Teatro’. E a propósito, aqui deixamos a transcrição da notícia que o jornal ‘O Figueirense’ publicou. “Tavarede, capital do nosso teatro amador concelhio, não poderia, como sucedeu em tantas localidades, deixar de assinalar o Dia Mundial do Teatro, que se comemorou no passado dia 27 de Março. É que se Tavarede tem tradições teatrais como ninguém, a verdade é que todo um Passado glorioso e um Presente não menos digno aumentou as responsabilidades da Sociedade de Instrução Tavaredense.
Assim o entenderam, e muito bem, os seus actuais dirigentes, fazendo subir ao palco, na passada sexta-feira, um senhor chamado Molière, um homem que a todos deu o privilégio da alegria, traduzida e provocada pela magia da arte teatral. E não resistimos a transcrever afirmações de Mestre José Ribeiro, em carta a um amigo, a respeito deste autor universal: “Pois o Molière é um bom amigo. A graça com que ele ri! A ironia com que ele critica! A profundidade do seu estudo da sociedade do seu tempo! Tenho rido com ele. E tenho pensado”.
E estamos certos que com Molière riram os muitos assistentes que na sede da SIT quase, quase enchiam o salão de espectáculos, numa noite em que o ingresso era livre, tal como o riso que os amadores de Tavarede souberam extrair de um texto, a que somaram a postura natural própria, ou só própria, daqueles que sentem Molière. Mas Molière não faz apenas rir (o que já era suficientemente saudável), mas também provoca a reflexão. A reflexão sobre acto de viver, nas suas mais contrastantes situações, o repensar de atitudes no diálogo quotidiano que o Homem trava com o Homem.
E “O Avarento”, peça em 5 actos, é (pode ser) o espelhar do que antes afirmámos, e embora ela decorra no século XVII, nem por isso o dia a dia… dos nossos dias evita o encontrar de posições similares. É tudo uma questão imaginativa. Antes da representação subiu ao palco o Dr. Pedrosa Russo, presidente do Lions, um clube de serviço que tanto tem feito, com as suas Jornadas de Teatro Amador, para o agarrar do Teatro. Com ele a Drª Ana Maria Caetano, ilustre e dedicada continuadora da linha teatral da SIT. Ambos falaram de Teatro, Teatro que é esperança, que é sonho, que é mentira, que é necessidade; Teatro que desperta a solidariedade, que confere dignidade e combate ao racismo. Teatro que também é um modo de estar na vida. Teatro de que Coimbra vai ser capital, mas que bom seria, foi afirmado, não esquecer o restante distrito, não esquecer, acrescentamos nós, Tavarede”.
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