sexta-feira, 6 de março de 2015

O Associativismo na Terra do Limonete - 118

        É ocasião de nos debruçarmos um pouco sobre o Clube do Saltadouro, que no dia 14 de Março de 1999, comemorou mais um aniversário da sua fundação. Revendo-se na obra erguida a pulso de bairrismo, onde esforço, sofrimento, muita carolice e uma indómita determinação serviram de argamassa à realidade que hoje (14 de Março) serviu de ponto de encontro às muitas pessoas que quiseram associar-se ao júbilo da 1ª sessão solene, realizada em casa própria, do Clube Desportivo e Amizade do Saltadouro, Fernando Serra, à frente de um grupo de companheiros de aventura que acreditaram ser possível pôr Saltadouro (Tavarede) no mapa das colectividades concelhias, era bem a imagem de um homem feliz.
         É que, após aquela longamente dolorosa e incompreendida odisseia de 20 anos de “barraca clandestina” era reconfortante poder-se gozar a dignidade de um edifício que, apesar de inacabado, lhes permitia, pela primeira vez, comemorar condignamente o 20º aniversário daquele sonho de 11-03-1979.
         E com Fernando Serra a saudar os que tornaram possível a obra e a lembrar, emocionado, os que tombaram na caminhada – Albarino Maia ali tinha a cadeira vazia e Adelaide Oliveira o agradecimento pela sua doação à causa – se iniciou esta histórica sessão solene com Padre Matos a dar o abraço de felicitações pelo “dever cumprido” e a exaltar este salutar exemplo de convivência reforçado na vontade de servir.
         Também Sérgio Gouveia, servindo-se de Fernando Pessoa para realçar a lição de sacrifício dada por esta gente “que terá de ser compensada e retroactivos” pela grandeza desta obra que não poderá ser ignorada.
         Era uma vez 16 amigos que sonharam num clube para o Saltadouro. Dumas tábuas fizeram uma barraquinha e... na clandestinidade dessa iguaria se atreveram a entrar no atletismo com... camisolas ali confeccionadas; unidos pela “sueca” e “matraquilhos” aventuraram-se a uma... marchinha... a “ginástica”... juntaram boas-vontades para uma escola de música... outra para lutar contra o analfabetismo, numa ambição de crescer copiada da rã que queria ser tão grande como o i... que, aqui, não estoirou.
         Conseguiram terreno... mãos para abrir alicerces, erguer paredes tijolo a tijolo, regados com o suor dos rostos em sábados e domingos negados ao descanso até que a miragem dum telhado – 1600 contos – se atravessou no sonho, com a Câmara a não acreditar na determinação daquela clandestinidade que pela primeira vez erguia a mão a um subsidio.
         Só que tal sonho já estava tão enraizado que não havia obstáculo que pudesse cortar-lhe as raízes e à custa das “migalhas” do Rancho e o bater à porta de todos os vizinhos o tecto apareceu e a obra saiu do anonimato. Para hoje deixar o recado a todos aqueles que a podem ver com os próprios olhos.
         Aconteceu “milagre”, disse Fernando Serra.
         E foi orador oficial da sessão, Lídio Lopes, a voz que veio enaltecer o exemplo deste punhado de gente que tão bem soube mostrar quanto pode o bairrismo.
         Empregando uma metáfora para explicar a determinação dos responsáveis pela obra, Lídio Lopes diria mesmo que “haja quem lhes proporcione as sapatilhas e a pista para correr” e deixem o resto com eles numa alusão muito merecida ao facto de terem contado mais consigo que com a caça a subsídios, prática corrente dos nossos dias, tecla igualmente tocada por Simões Baltazar, o Presidente da Junta de Tavarede, que pôs os seus préstimos à disposição e Alice Mano que viu “na luz de esperança que todos traziam nos olhos o futuro risonho que a obra merece”.
         Miguel Almeida, o vereador vindo da Câmara, não foi insensível à obra realizada e na hora de intervir não frustrou as expectativas: saudou a determinação daquela gente, reconheceu o alcance da obra feita e prometeu ajuda para a Escola de Música, Rancho Etnográfico – hoje já embaixador da Figueira – e até uma Extensão Educativa.
         E porque a obra merece ser concluída para dar satisfação ao sonho, ali mesmo entregou 1500 contos com a promessa de que no próximo orçamento a obra não será esquecida, gestos saudados com grandes provas de regozijo, com direito a hino do Clube, pela primeira vez tocado/cantado pela Tuna de Tavarede que animou toda a sessão.
         E com a actuação (muito aplaudida) do “Rancho Etnográfico Cavadores do Saltadouro” e exibição duma classe de ginástica de Caceira se encerrou a histórica sessão solene, assinalada com foguetes e um grande lanche a todos os presentes.
         Valeu a pena tanto esforço!
         Viva o Clube Desportivo e Amizade do Saltadouro!

         E ainda recordaremos as comemorações do segundo centenário de Garrett, para transcrever um breve apontamento sobre o espectáculo. No Teatro Taborda de Brenha, uma sala de grandes tradições, teve lugar, em 21 de Maio, no âmbito das XXII Jornadas de Teatro Amador da Figueira da Foz, a representação a peça “Na Presença de Garrett” pela Sociedade de Instrução Tavaredense.
         Com a casa à cunha para poder apreciar essa arte reconhecida saída da escola de Mestre José Ribeiro, há que dizer que a expectativa não saiu defraudada, escrevendo-se naquele palco uma das páginas mais brilhantes das jornadas com a apresentação da peça com que Tavarede havia assinalado o bicentenário de Almeida Garrett, esse vulto do teatro português.
         E a primeira palavra, de muito apreço, vai para a sensibilidade artística que presidiu à escolha dos fragmentos das obras de Garrett – Viagens na minha terra; Fala verdade a mentir; O Arco de Sant’Ana; Folhas Caídas; Romanceiro e Frei Luís de Sousa – bem como na metodologia que serviu de fio condutor à sequência dos “quadros” que deram corpo à peça e deixaram na assistência uma visão da vida e obra de Almeida Garrett, trabalho meritório da responsabilidade de Ilda Manuela Simões a quem ficou a dever-se, igualmente, o enquadramento oportuno daquele desfiar de referências e no papel, determinante, de apresentadora/entrevistadora de Garrett.
         Outra distinção, igualmente, para o trabalho de direcção de palco pela forma profissional como se operaram as  mudanças de cena sem baixar o pano, aspecto de grande reflexo no êxito do espectáculo e que, só por si, define o alto nível do grupo.

        Na presença de Garrett (a que João José Silva emprestou aprumo e diálogo com a naturalidade e arte trazidas de muitos papéis) se passaram muitas situações a que deram vida artistas de créditos firmados, casos de Joaninha e da avó – uma cega cuidada ao pormenor do gesto -, o duplo de Garrett – José Medina, outra relíquia da escola de Tavarede – entre outros que com tanta arte completaram o ramo, naquela lição, ao vivo, de história onde o liberalismo de que Garrett foi percursor e por onde passaram José da Silva Ribeiro como referencial de Tavarede nesse movimento de esperança tão bem expresso naquele “E quem choramos nós” bem marcante na estátua de Manuel Fernandes Tomás com que a Figueira assinalou a sua vocação liberal ainda hoje actuante
         Escolhida para remate do espectáculo a obra mais representativa de Garrett, “Frei Luís de Sousa” foi devolvida à cena trinta e tal anos depois de em Tavarede ter obtido assinalável êxito; “exigida” por um espectador muito especial – outra relíquia da SIT, João Medina – que voltou a assumir o dramatismo de Telmo Pais naquela carga pesadíssima de emoção em que José Medina desempenhou com um realismo admirável o papel-chave de Manuel de Sousa Coutinho a que Maria Clementina (uma Madalena de nervos de aço) emprestou comoção entre uma Maria (Ana Filipa Paz Mendes) dimensionada à medida da tragédia, e a que Rogério Neves (um Frei Jorge à altura das circunstâncias) se juntou o dramatismo do Romeiro (José Luís do Nascimento) e a benção do Prior (José Silva).
         E porque a SIT é uma escola, lá estiveram alguns jovens a provar que o teatro tem... futuro.
         Para as jornadas ficou esta lição de bem representar e a certeza de que Tavarede continua a ter cátedra no Teatro Amador do Concelho e um exemplo a nível nacional.
         E, também, que esta feliz iniciativa do Lions Clube da Figueira não pode acabar!

         O Coral Lúcia Lima, parte integrante do Grupo Musical e que havia sido fundado tempos antes, deslocou-se a um festival em Arouca. Actuaram neste encontro: Coral Lúcia-Lima (Tavarede); Coral de S. Pedro de Aradas (Aveiro); Grupo Coral Alia Bravis (Cartaxo); e Orfeão de Arouca. 

O Coral Lúcia-Lima, actualmente com 20 elementos, interpreta sobretudo temas de música coral e popular, estando neste momento a reunir canções antigas da região da Figueira da Foz e as zonas do Mondego. É seu dirigente o
Professor Pedro Luiz Antunes.
A actuação da Tuna esteve cingida às seguintes interpretações: “Canção da Barquinha”, “As Velas Soltas”,”Coro das Maçadeiras”, “Deito Fora” e “Canção da Figueira”.

         Instantes de Teatro foi o espectáculo preparado para o aniversário da Sociedade de Instrução do ano 2000. Momentos de vidas passadas e presentes, testemunhos da dedicação que os tavaredenses têm pela terra onde nasceram e pelos homens que fizeram a sua história” foram a tónica da representação com que a Sociedade de Instrução Tavaredense encerrou as comemorações do 96º aniversário da colectividade.
         Escrevendo no palco (de tão ricas tradições) Gratidão, Homenagem e Dedicação num arranjo teatral denominado “Instantes de Teatro” que teve o condão de repor em cena muitos dos êxitos que contribuíram para o brilhante historial da Sociedade de Instrução Tavaredense, o grupo cénico soube estar à altura das responsabilidades com mais uma “peça” de magnífica concepção e actuações de grande brilho.
         Assumindo o risco enorme que era trazer a palco essa relíquia histórica que era “O Pranto de Maria Parda” a que a saudosa Violinda Medina emprestara uma realidade tão vicentina que arrancara do espanto desse conceituado homem de teatro que foi o Dr. Paulo Quintela a expressão de que aquela “Maria Parda era a mais conseguida de todas a que assistira, mesmo a nível profissional”, esta nova Maria Parda, encarnada pela drª Ilda Simões, não envergonhou os pergaminhos.
         Também essa outra dedicação que é  João José Silva, na pele do Vaqueiro, veio provar que é um valor do nosso tempo, um óptimo continuador da escola de Mestre José Ribeiro.
         E o “histórico” João Medina, o sofrido velho “palácio”, chaga viva de Tavarede, outro compêndio da arte de bem representar.
         Peça onde a graça se casava com as desventuras da história, ressuscitando o “capador” de tempos idos num diálogo em que José Medina partilhava talento e graça com outra revelação que é Rogério Neves no desempenho do carreiro; com a maledicência da Doroteia e da Escolástica e um  bom reviver do trabalho do campo onde a enxada ainda é “ex-libris” bem perpetuado na estátua da nova Avenida e a “viúva do fogueteiro” uma critica bem conseguida.
         Tudo numa ambiência onde a música (gaita de foles) servia de fundo aos grupos dos jograis e danças e cantares,  num reviver de tradições só possível quando as raízes dessa escola de teatro continuam a constituir o solo fértil propício a que outros valores peguem de estaca.

         Terminamos este caderno no final do século vinte. Bem sabemos que muito mais haveria a recordar relativo ao associativismo na terra do limonete, muito em especial na vida associativa, recreativa e cultural de todas as colectividades da freguesia. Seria impossível fazê-lo nestes cadernos, pois torná-los-iam demasiado volumosos e maçadores. Procurámos dar a conhecer aquilo que mais de significativo e importante se verificou no decurso destes anos todos. Estamos convencidos de que algo se aproveitará destas recolhas. Ainda nos falta mais um caderno. Chegámos aos centenários de duas das nossas colectividades. Esperamos ter ainda a oportunidade de o fazer.

         E para acabar este caderno, ainda vamos copiar mais um apontamento sobre a SIT. Foi a 15 de Janeiro de 1904 que um grupo de homens, todos de humilde condição, assinou na Casa de Ourão, no Largo do Terreiro, a acta de fundação da Sociedade de Instrução Tavaredense (SIT). Esta associação tinha como objectivo criar uma escola para ensino de sócios e seus filhos. Depois resolveram formar um grupo cénico com o fim de divertir e ao mesmo tempo obter receitas que permitissem manter a associação.
         O teatro foi desde logo tomado como actividade principal da SIT na continuação de uma tradição antiga dos tavaredenses. Já em 1896, na Gazeta da Figueira, Ernesto Fernandes Tomás nos fala de Tavarede e dos seus teatros; “as sociedades dramáticas vegetavam em Tavarede como tortulhos”.
         Logo após a formação da associação, começou a funcionar uma escola nocturna, gratuita, que manteve as suas portas abertas cerca de quarenta anos e que só desapareceu em 1942, por força da política vigente.
         Ao falar da história da SIT, ter-se-á de referir forçosamente o nome de João José Costa, pois foi ele que transformou o prédio onde os amadores de Tavarede representavam num excelente teatro. Mais tarde, João dos Santos, seu herdeiro, pôs à disposição da colectividade, sem receber qualquer renda, o prédio do Largo do Terreiro, a fim de nele ser instalada a sede da SIT. Em 26 de Dezembro de 1941, o edifício é vendido à colectividade por Arménio Santos, filho do anterior proprietário.
         Os anos foram passando e a SIT foi crescendo, sendo preciso ampliar e remodelar as suas instalações. Foi a ajuda da Fundação Gulbenkian e de muitos amigos da casa que permitiram que em 8 de Maio de 1965 se inaugurasse o edifício onde ainda hoje se encontra a sede da SIT.
         A actividade desta colectividade tem sido intensa. Grandes dramaturgos ali têm sido representados. O grande dinamizador do teatro foi, sem sombra de dúvida, José da Silva Ribeiro, que dedicou à SIT e ao teatro toda a sua vida. José Ribeiro foi o mestre do grupo desde 1915 até 1984, ano da sua morte. Seguiram-se-lhe na direcção cénica João Oliveira Cordeiro mas, infelizmente, pouco tempo esteve à frente do grupo, devido a um acidente trágico que o vitimou. Depois foi a vez de Ana Maria Caetano.
         De momento, Ilda Manuela Simões é quem dirige a secção teatral com a ajuda e o empenhamento de todos aqueles que fazem um espectáculo.
         Os amadores de Tavarede continuam a ser fiéis ao espírito e aos ensinamentos de mestre José Ribeiro. Continua a ser sua intenção transmitir ao público um certo saber, mas também proporcionar a esse mesmo público o prazer de assistir a uma forma de arte, divertindo-se.
         Escola de formação teatral... urgente – Professora do ensino secundário, Ilda Simões nutre grande paixão pela arte de Talma. Algumas vicissitudes por que passou o teatro da SIT, levam esta amadora a assumir a direcção cénica do grupo, para além da encenação. Representar e esquematizar a montagem das peças nas suas várias vertentes, é outra das suas funções.
         Foi precisamente com Ilda Simões que O Figueirense quis fazer a radiografia do teatro que se vai fazendo em Tavarede.
         Como vai o teatro em Tavarede?
         O teatro caminha. Temos encontrado algumas pedras que nos fazem tropeçar de vez em quando, mas ainda não caímos e julgo que, neste momento, dada a enorme vontade de prosseguir que todos temos, já não iremos parar.
         Essas pedras de que fala referem-se exactamente a quê?
         A vários factores. A falta de jovens amadores é um dos problemas. Por vezes deparamos com situações complicadas, tendo de fazer até alterações às obras que queremos representar. A peça que temos em cena – O Pecado de João Agonia – constitui em desses exemplos. Eu precisava de um jovem de cerca de vinte anos e não o tinha, o que me levou a transformar esse jovem noutro de, digamos, quarenta anos.
         Mas também a inexistência de textos dramáticos actuais, a falta de formação em algumas áreas e a falta de dinheiro são outras tantas pedras.
         Qual a razão que a levou a encenar uma peça nunca antes vista nem representada em Tavarede?
         Uma das razões foi exactamente essa, nunca ter sido representada em Tavarede. Depois porque o tema é actual, interventivo. Embora a situação proposta por Santareno não fosse resolvida da mesma maneira, ainda há muita gente que afasta do seu convívio um homossexual.
         Como consegue conciliar a função de amadora (representar) e de encenadora?
         É bastante difícil. Contudo para dirigir este grupo de amadores, conto com a grande colaboração de João José Silva e de todos aqueles que querem dar a sua opinião. Ouço todos, mas não é um trabalho de que goste muito. Encenar é um desafio. Todo o processo criativo que se vai elaborando na minha mente à medida que leio e releio uma peça é algo que me fascina. Contudo, representar é aquilo que verdadeiramente eu gosto de fazer, estar em cima de um palco, vivendo outras vidas.
         Que projectos para o futuro?
         O Pecado de João Agonia continuará em cena até Setembro. Temos imensos pedidos para sair com esta peça, porém é impossível atender a todos. Não somos profissionais. Depois começaremos a ensaiar outra peça a estrear em Janeiro. À semelhança do que temos feito de há dois anos para cá, gostaríamos de ensaiar ainda outra peça em 2001, mas dado que em princípio iremos também fazer formação, não sabemos se será possível conciliar tudo.
         João Miguel Amorim: é necessário cativar os jovens – João Miguel, um jovem amador da SIT, é quase um veterano nestas andanças teatrais. Apesar dos seus 14 anos, pisou pela primeira vez o palco aos três anos de idade e nunca mais parou. Representa a quarta geração de amadores na família. Sua bisavó materna, Emília Monteiro, foi das primeiras amadoras da SIT; seus avós, João Pedro Amorim e Conceição Mota, ainda estão no activo e sua mãe também já pisou as tábuas do palco tavaredense.
         Frequenta o 8º ano de escolaridade. Os seus tempos livres divide-os entre o basquetebol e o teatro.
         João Miguel, apesar da sua juventude, tem ideias muito claras acerca do papel importante da cultura nos jovens: “Lamento que por vezes os jovens da minha idade não adiram às manifestações culturais, ou que venham para o teatro”.
         João Medina: o teatro na SIT está no bom caminho – João Medina é uma referência do teatro amador da SIT. Tem 68 anos de idade e representa desde os 16. Em 1999 foi alvo de várias homenagens que simbolizaram as suas bodas de ouro como amador teatral. Do seu currículo consta que já participou em mais de 60 peças.
         Sobre o que se vai representando tem ideias muito próprias: “Sem querer menosprezar o trabalho de ninguém, penso que a nível geral perdeu valor nos últimos 20 anos. Houve mudanças grandes na montagem das peças, nas adaptações dos originais, nos vários aspectos que envolve o teatro, contudo penso que antigamente existia mais representação e mais arte”.
         Como elemento mais antigo em actividade no grupo cénico da SIT, João Medina preconiza o futuro do teatro em Tavarede: “a SIT em minha opinião tem futuro assegurado. Talvez não tenha ainda atingido o valor que lhe foi imposto pelo saudoso mestre José Ribeiro, porém o que fazemos hoje em Tavarede não nos envergonha”.

         João Medina mostrou-se optimista: “é indispensável trazer a juventude ao teatro, assim como indispensável é a existência de escolas de formação, contudo não há melhor escola que o pisar das tábuas”.

                                                           José da Silva Ribeiro - Uma da últimas fotos suas

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