quinta-feira, 9 de setembro de 2010

César da Silva Cascão


Filho de António da Silva Cascão e de Aurélia Silva, faleceu em Tavarede no dia 4 de Agosto de 1956, com 68 anos de idade. Foi casado com Maria Ascensão Marques e tiveram dois filhos: João e Aurélia.

Um dos fundadores da Sociedade de Instrução Tavaredense, em Janeiro de 1904, foi o primeiro secretário da Direcção.

Serralheiro de profissão, exerceu a sua actividade na Figueira da Foz, na oficina Mota, então instalada no Rua do Paço, e que mais tarde adquiriu e teve continuidade com seu filho João.

Ainda antes da fundação da S.I.T., já se dedicava ao associativismo, fazendo parte dos directores da Estudantina, instalada no Teatro Duque de Saldanha, na Casa do Conde de Tavarede. Também foi membro da Junta de Paróquia local.

Foi sempre um dirigente associativo activo e participativo. Na associação de que fora um dos fundadores, desempenhou diversos cargos, quer na Direcção, quer na Assembleia Geral. Foi sócio honorário da colectividade.

Era proprietário de algumas pequenas fazendas agrícolas que amanhava cuidadosamente. Na sua residência, frente ao actual Largo D. Maria Amália de Carvalho, tinha instalado um alambique, que, na época própria, era muito solicitado para destilação do bagaço resultante das vindimas. É com certa nostalgia que recordamos os bocados que nós, rapazolas de então, ali passávamos, depois da saída da escola. Ficávamo-nos a olhar, admirados, o delgado fio que corria para a garrafa em pé, dentro duma bacia com água fria. Com frequência era pesada para ver a graduação. Quando baixava de um grau determinado, deixavam de a aproveitar. Era, então, altura de nós comermos uns figos, que íamos apanhar às figueiras das redondezas, e bebermos umas gotas daquela “água quente” que muito apreciávamos
.

Caderno: Tavaredenses com História

2 comentários:

  1. Caríssimo Amigo :
    Gostei de ler a nota sobre o meu avô, mas parece-me que tem de haver um lapso no ano do seu falecimento. Tem de ter sido antes...
    Não tenho aqui comigo qualquer documento que possa consultar, mas estou certo disto. Também não é muito importante...
    Um grande abraço!
    J. Cascão

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  2. Amigo João

    A idade não perdoa e este teu velho amigo está dentro dessa realidade. Prolonguei a vida de teu avô em 10 anos. Não o fiz por mal, bem sabes. Que a memória de teu avô me perdoe.
    Quanto ao caso 'facebook' não ligues, por favor. Eu não percebo nada daquilo, nem tenho paciência para tal. Foi uma brincadeira, ajudada pelos netos, mas, realmente, não sei 'mexer' com aquilo.

    Um abraço e 'mil desculpas'.

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