Até ao final do ano de 1962 “Terra do Limonete” deu 24 representações. No dia 4 de Agosto daquele ano, a colectividade homenageou a amadora Violinda Medina e Silva. “Em cena aberta e depois do presidente da direcção e do director do grupo cénico proferirem palavras de louvor às admiráveis qualidades do talento de Violinda Medina e Silva, foram-lhe entregues, entre vibrantes e inesquecíveis aplausos da numerosa assistência que enchia completamente a sala de espectáculos, várias e significativas lembranças, entre as quais uma artística mensagem assinada por todos os seus companheiros de palco e pela direcção, que muito sensibilizaram a nossa amadora”.
Violinda Medina e Silva, em 'Terra do Limonete'
Violinda Medina agradeceu por carta. “Por não ter cumprido o meu dever, na ocasião própria, por me ter sido impossível devido à forte comoção em que me encontrava e como não pude exprimir o que o meu coração sentia, venho hoje, por este meio, agradecer a todos, direcção, grupo cénico e a todos os que tanto se interessaram para que o brilhantismo da festa que me dedicaram, na noite de 4 do corrente, noite para mim inesquecível, em que recebi tantas provas de carinho e amizade nessa linda festa, e que tão alto me colocaram, que por momentos imaginei que não passava de um sonho.
Grande recompensa me deram, amigos, por um trabalho que não é para mim nenhum sacrifício, antes pelo contrário, que só me dá alegria e satisfação. Creio mesmo que não poderia viver sem o meu rico e querido teatro, portanto tenho fé de poder continuar na nossa casa, por muitos anos, isto se o seu bondoso mestre, a quem tudo devo, tiver paciência para aturar esta má aluna, que tanto o tem arreliado, a quem daqui lhe peço muita desculpa e que o mestre aceite a minha maior gratidão”.
Terra do Limonete - O Rancho dos Potes Floridos na Fonte da Várzea
Na representação de 3 de Fevereiro daquele ano, 10ª récita, foi prestada pequena homenagem aos autores, José da Silva Ribeiro e Anselmo Cardoso. “Quando Helena Figueiredo Medina e Violinda Medina e Silva, amadoras mais antigas do grupo dramático, entregaram àqueles autores bonitos ramos de cravos e a veneranda senhora D. Maria Augusta Águas Cruz levou ao nosso ilustre conterrâneo um perfumado ramo de violetas, ao mesmo tempo que lhes eram lançadas flores, muitas flores, foi um momento de indescritível entusiasmo, de verdadeira apoteose aos autores da fantasia, que, há mais de dois meses, vem deliciando a plateia tavaredense, pela qual já passaram mais de quatro mil espectadores”.
A SIT, em Março de 1963, comemorou o “Dia Mundial do Teatro”, primeiro na sede e depois na Figueira da Foz, num espectáculo organizado pela Biblioteca Pública Municipal, em oferta ao povo figueirense. Foram três actos de Gil Vicente. Recortemos um pouco de uma das críticas desta récita.
“José Ribeiro é, talvez, o último abencerragem para cometimentos heróicos no tablado. A sua direcção e o seu saber, deram-nos um admirável espectáculo, triunfaram com mérito absoluto no teatrinho do Peninsular... ... Não podemos nem nos atreveríamos a apreciar as obras do Grande Mestre agora representadas. Sobre Gil Vicente, os maiores investigadores e mais notáveis literatos, têm escrito milhares de páginas... ... Os distintos amadores de Tavarede, que há dez anos tanto temos apreciado, elevaram a espinhosa incumbência de José Ribeiro, a um verdadeiro caso no Teatro Português, no à-vontade do desempenho, no diapasão das vozes e no ritmo dos movimentos. Velhos e novatos, mestres e discípulos, todos bem, homogéneos, sem um desfalecimento ou uma nota discordante. Contudo, permito-me destacar a – Amadora Grande Artista – Violinda Medina, no seu admirável trabalho de Maria Parda, difícil de aguentar em todo o extensíssimo monólogo, sem cair no grotesco, mas sem desfalecimentos, sem diminuir o interesse, medindo as pausas e os movimentos, com a Arte e o Saber de uma verdadeira profissional. Simplesmente notável!”.
O Fim do Caminho
Em Dezembro de 1963, foi promovida uma homenagem ao Prof. Alberto de Lacerda, “prova do apreço e gratidão pelos relevantes serviços prestados por sua excelência à nossa colectividade, quer como Artista de méritos notáveis, pintor consagrado e autor de algumas obras do repertório do nosso grupo cénico”. “Depois de representar mais uma vez a encantadora e lindíssima peça “O Fim do Caminho”, seguiu-se um acto de homenagem, com a evocação das figuras das peças “Ana Maria”, “A Cigarra e a Formiga” e “Justiça de Sua Majestade”, o que constituíu um magnífico e soberbo espectáculo, a reviver aquelas famosas peças que são, muito justamente, verdadeiras coroas de glória da SIT”.
Fizeram o elogio do homenageado o presidente da direcção e o director do grupo cénico que “destacou a preciosa dádiva da colaboração de Artista e Poeta que Alberto Lacerda tem prestado à colectividade, que vê nele um amigo dedicado, que lhe entregou o seu coração de verdadeiro criador de arte e cultor do mais belo e puro teatro”. O homenageado agradeceu a fidalga homenagem de simpatia que os seus queridos amigos lhe haviam dedicado, “não com palavras, que não podia proferir, mas com as lágrimas da mais profunda gratidão...”.
Violinda Medina agradeceu por carta. “Por não ter cumprido o meu dever, na ocasião própria, por me ter sido impossível devido à forte comoção em que me encontrava e como não pude exprimir o que o meu coração sentia, venho hoje, por este meio, agradecer a todos, direcção, grupo cénico e a todos os que tanto se interessaram para que o brilhantismo da festa que me dedicaram, na noite de 4 do corrente, noite para mim inesquecível, em que recebi tantas provas de carinho e amizade nessa linda festa, e que tão alto me colocaram, que por momentos imaginei que não passava de um sonho.
Grande recompensa me deram, amigos, por um trabalho que não é para mim nenhum sacrifício, antes pelo contrário, que só me dá alegria e satisfação. Creio mesmo que não poderia viver sem o meu rico e querido teatro, portanto tenho fé de poder continuar na nossa casa, por muitos anos, isto se o seu bondoso mestre, a quem tudo devo, tiver paciência para aturar esta má aluna, que tanto o tem arreliado, a quem daqui lhe peço muita desculpa e que o mestre aceite a minha maior gratidão”.
Terra do Limonete - O Rancho dos Potes Floridos na Fonte da Várzea
Na representação de 3 de Fevereiro daquele ano, 10ª récita, foi prestada pequena homenagem aos autores, José da Silva Ribeiro e Anselmo Cardoso. “Quando Helena Figueiredo Medina e Violinda Medina e Silva, amadoras mais antigas do grupo dramático, entregaram àqueles autores bonitos ramos de cravos e a veneranda senhora D. Maria Augusta Águas Cruz levou ao nosso ilustre conterrâneo um perfumado ramo de violetas, ao mesmo tempo que lhes eram lançadas flores, muitas flores, foi um momento de indescritível entusiasmo, de verdadeira apoteose aos autores da fantasia, que, há mais de dois meses, vem deliciando a plateia tavaredense, pela qual já passaram mais de quatro mil espectadores”.
A SIT, em Março de 1963, comemorou o “Dia Mundial do Teatro”, primeiro na sede e depois na Figueira da Foz, num espectáculo organizado pela Biblioteca Pública Municipal, em oferta ao povo figueirense. Foram três actos de Gil Vicente. Recortemos um pouco de uma das críticas desta récita.
“José Ribeiro é, talvez, o último abencerragem para cometimentos heróicos no tablado. A sua direcção e o seu saber, deram-nos um admirável espectáculo, triunfaram com mérito absoluto no teatrinho do Peninsular... ... Não podemos nem nos atreveríamos a apreciar as obras do Grande Mestre agora representadas. Sobre Gil Vicente, os maiores investigadores e mais notáveis literatos, têm escrito milhares de páginas... ... Os distintos amadores de Tavarede, que há dez anos tanto temos apreciado, elevaram a espinhosa incumbência de José Ribeiro, a um verdadeiro caso no Teatro Português, no à-vontade do desempenho, no diapasão das vozes e no ritmo dos movimentos. Velhos e novatos, mestres e discípulos, todos bem, homogéneos, sem um desfalecimento ou uma nota discordante. Contudo, permito-me destacar a – Amadora Grande Artista – Violinda Medina, no seu admirável trabalho de Maria Parda, difícil de aguentar em todo o extensíssimo monólogo, sem cair no grotesco, mas sem desfalecimentos, sem diminuir o interesse, medindo as pausas e os movimentos, com a Arte e o Saber de uma verdadeira profissional. Simplesmente notável!”.
O Fim do Caminho
Em Dezembro de 1963, foi promovida uma homenagem ao Prof. Alberto de Lacerda, “prova do apreço e gratidão pelos relevantes serviços prestados por sua excelência à nossa colectividade, quer como Artista de méritos notáveis, pintor consagrado e autor de algumas obras do repertório do nosso grupo cénico”. “Depois de representar mais uma vez a encantadora e lindíssima peça “O Fim do Caminho”, seguiu-se um acto de homenagem, com a evocação das figuras das peças “Ana Maria”, “A Cigarra e a Formiga” e “Justiça de Sua Majestade”, o que constituíu um magnífico e soberbo espectáculo, a reviver aquelas famosas peças que são, muito justamente, verdadeiras coroas de glória da SIT”.
Fizeram o elogio do homenageado o presidente da direcção e o director do grupo cénico que “destacou a preciosa dádiva da colaboração de Artista e Poeta que Alberto Lacerda tem prestado à colectividade, que vê nele um amigo dedicado, que lhe entregou o seu coração de verdadeiro criador de arte e cultor do mais belo e puro teatro”. O homenageado agradeceu a fidalga homenagem de simpatia que os seus queridos amigos lhe haviam dedicado, “não com palavras, que não podia proferir, mas com as lágrimas da mais profunda gratidão...”.
Sem comentários:
Enviar um comentário