Nasceu no dia 28 de Fevereiro de 1757 e morreu em 18 de Agosto de 1804, no Porto. Casou, em 26 de Dezembro de 1791, com D. Antónia Madalena de Quadros e Sousa, 10ª Senhora de Tavarede.
“… a laboriosa gente tripeira conhecia-o pelo ‘Grande Almada’. E foi, de facto, um Homem Grande, pela verticalidade das suas atitudes, pelo seu espírito empreendedor e larga visão das coisas públicas, mas, principalmente, pela magnanimidade do seu coração. Na Misericórdia da Cidade Invicta deixou um rasto de humilde caridade, pouco vulgar no seu tempo, em homens da sua condição. E, pelos vistos, também Tavarede sentiu os efeitos da sua bondade em grau que seria interessante averiguar e divulgar.
No entanto, este Grande Homem, morreu pobre e quase esquecido de todos, por razões que ainda hoje não estão muito aclaradas, mas a que não seria estranha certa política rasteira e cavilosa de almas pequeninas. A estatura moral e cultural do Grande Governador não lhe permitiriam furtar-se às venenosas mordeduras dos invejosos”.
Bacharel em Leis e doutor em Cânones, pela Universidade de Coimbra, foi desembargador do Paço, 1º. Senhor donatário da vila de Ponte da Barca, 1º. Alcaide de Marialva, inspector das Obras Públicas nas províncias do Norte e Juiz-Geral das coutadas reais do Reino, encontra-se perpetuado na cidade do Porto, com o seu nome atribuído a uma das principais ruas. Está sepultado no Prado do Repouso, num mausoléu encimado por um busto esculpido por Soares dos Reis.
Mostrou sempre grande interesse pelo desenvolvimento cultural do povo. Foi ele quem mandou construir, no Porto, o Teatro de S. João, para o qual contratou as melhores companhias estrangeiras e nacionais, de teatro, ópera e bailado.
Passando grandes temporadas, com sua família, em Tavarede, presume-se ter sido ele o introdutor do teatro na terra do limonete, como meio de educação e instrução do povo tavaredense.
Caderno: Tavaredenses com História
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