...que o TEATRO VAI À RUA.
O ponto mais marcante dos actos festivos no terceiro
trimestre, foi, com toda a certeza, o sarau realizado no dia 13 de Setembro,
data em que se comemorava o 18º aniversário da morte de Mestre José da Silva
Ribeiro. Nesse sarau, e depois de se ter prestado homenagem ao amador José
Medina, pelos seus cinquenta anos ao serviço do nosso teatro, teve lugar a
apresentação do livro do Centenário “100 Anos ao Serviço do Povo... e
Caminhando”. Este livro foi publicado, numa edição de luxo, graças aos
subsídios concedidos pela Secretaria de Estado da Cultura, Direcção Regional da
Cultura do Centro, Fundação Calouste Gulbenkian e Celbi. A imprensa referiu-se
ao evento, tendo nós escolhido estes dois apontamentos.
A Sociedade
de Instrução Tavaredense (SIT) procedeu ao lançamento do livro que ilustra os
100 anos de existência desta colectividade. Intitulado “100 anos – ao serviço
do povo… e caminhando”, a publicação, da autoria de Vítor Medina e coordenada
por José Bernardes, foi apresentada na noite de segunda feira. Para o autor e
presidente da direcção da SIT “é o complemento dos dois livros que o mestre
José da Silva Ribeiro lançou.
Numa edição
de luxo, foram impressos mil exemplares, que serão vendidos a 25 euros.
Presente na
cerimónia, Duarte Silva garantiu que o município irá adquirir parte dos livros.
Falando sobre
a SIT, o presidente da Câmara diz que “foi e é a jóia da coroa no concelho da
Figueira no que se refere ao teatro” e lembrou que José Ribeiro “é uma
referência nacional”. (Diário as
Beiras – 15.Setembro.2004)
A Sociedade
de Instrução Tavaredense viveu aquele que foi considerado um dos pontos altos
das comemorações do centenário, com o lançamento do livro “100 anos – Ao
serviço do povo… e caminhando”, inspirado nos livros de José da Silva Ribeiro,
evocado exactamente 18 anos depois da sua morte.
“Continuamos
a respirar nestas quatro paredes, o enorme amor pelo teatro”. Foi assim, que o
presidente da Sociedade de Instrução Tavaredense (SIT), evocando José da Silva
Ribeiro, se dirigiu a todos os que quiseram partilhar daquele que foi
considerado como o “ponto alto das comemorações do centenário”, uma cerimónia
que chegou a estar prevista para o dia 27 de Março (Dia Mundial do Teatro) e
“mais condizente com as actividades da colectividade”, mas que foi mudada para
que o livro agora lançado, pudesse integrar fotos das comemorações do
centenário.
Vítor Medina
adiantou ainda que a figura do mestre José Ribeiro “há-de perdurar sempre,
enquanto a colectividade existir” e que “grande parte do livro é um
complemento”, aos livros lançados pelo mestre, aquando das bodas de ouro e
diamante da colectividade.
Com recolha e
texto de Vítor Medina, e coordenação do professor José Augusto Bernardes, o
livro, à venda por 25 euros, está “dividido” em cinco partes, “marcos do
passado”, “cem anos de teatro”, “o centenário” e “quadros históricos”, é “uma
edição de luxo, com mil exemplares”, e apesar do presidente da direcção estar
“consciente de que não os vamos vender todos”, garante que os apoios e
patrocínios “cobrem metade”, e uma parte será guardada pela colectividade.
À
cerimónia, que contou com a presença de diversas entidades da região, aliou-se
o presidente da Câmara por considerar que a SIT “é a jóia da coroa da
Figueira”. Sem querer “ofender e menosprezar” outras colectividades, Duarte
Silva recordou que José da Silva Ribeiro “é uma referência nacional” e que a
colectividade mantém a sua “tradição”, no domínio do teatro. (Diário de Coimbra – 15.Setembro.2004)
Também não podemos deixar de aqui registar o concerto dado pelo Grupo Musical Sax Ensemble, de Coimbra, que foi realizado na Igreja Paroquial de Tavarede, o qual foi muito concorrido. E, ainda neste trimestre, teve lugar o II Encontro de Filarmónicas do Centenário, desta vez com a presença das Bandas de Quiaios, da Boa União Alhadense e de Arazede.
O último
trimestre de 2004 começou com a abertura da exposição “100 anos de vida e de
teatro”, no Centro de Artes e Espectáculos, na Figueira da Foz, onde esteve
patente ao público até ao dia 2 de Novembro. No ano do primeiro centenário, a SIT apresenta retalhos do seu espólio,
de forma a mostrar momentos significativos da sua vida em prol do desenvolvimento
cultural, assente na matriz do teatro. Os ecos deste trabalho saíram de
Tavarede, estenderam-se para fora do concelho tendo mesmo chegado
além-fronteiras. Repregos de cenários, maquetas, estudos de peças, mobiliário,
adereços de cena, indumentária, fotografias, programas, publicações, prémios,
compõem a mostra do labor daqueles que, ao longo de muitos anos, se vêm
dedicando à causa da cultura e do teatro. Neste caminhar iniciado há muito
tempo, construímos um passado e cimentámos o presente na senda do futuro,
escreve-se no programa desta exposição.
A abertura da exposição teve a presença do Presidente
da Câmara Municipal da Figueira da Foz, da Vereadora do Pelouro da Cultura,
muitas outras individualidades e grande número de sócios, amadores e
colaboradores da Sociedade de Instrução Tavaredense.
A exposição recebeu a visita do Primeiro Ministro do
Governo Português, Dr. Pedro Santana Lopes, da Ministra da Cultura, Drª Teresa
Caeiro, da Delegada da Cultura da Região Centro, Drª Celeste Amaro, do Vice
Governador Civil do Distrito de Coimbra, Engº Ricardo Alves, etc.
De acordo com o catálogo emitido para esta Exposição,
estiveram expostos, nas quatro salas cedidas, 161 objectos, entre cenários,
guarda-roupa e adereços.
O dia de
S. Martinho, o padroeiro da nossa freguesia, foi comemorado com um sarau, no
pavilhão desportivo, no qual foram evocadas as primeiras operetas e fantasias
com acção na nossa terra. Não podemos deixar de referir, que foi este sarau o
embrião do qual viria a nascer, meses mais tarde, o Grupo Coral Cantigas de
Tavarede. No final do serão, oferecida pela colectividades a todos os
presentes, houve uma castanhada.
Também em Novembro se realizou um
encontro das colectividades da freguesia.
E durante o mês de Dezembro, e até ao
final das comemorações, teve lugar “A luz do Natal”, com recriações em ‘Luz
negra’.
E depois
de uma festa de Natal, oferecida às crianças da freguesia, efectuou-se uma
‘Passagem do Ano do Centenário’.
Os últimos eventos das comemorações tiveram inusitado brilho. A 5 de Janeiro de 2005, a SIT recebeu, na sua sala de espectáculos, a Orquestra Silver Strings, de S. Petersburgo, Rússia, que apresentou um concerto verdadeiramente extraordinário e inédito na nossa região. Uma casa completamente cheia, com uma assistência que se mostrou encantada com este serão.
No
domingo seguinte, mais uma vez o pavilhão desportivo da colectividade foi
pequeno, tantas foram as pessoas que já não conseguiram obter entrada. Teve ali
lugar o ‘Almoço de Gala’, que teve uma animação invulgar que foi dada pelo
Grupo de Cordas e Cantares de Coimbra.
Sábado,
dia 15 de Janeiro, o grupo cénico levou à cena, em primeira representação, a
peça O leque de Lady Windermere, de
Oscar Wilde, cujo sucesso foi enorme e que se repetiu diversas vezes, embora já
fora do âmbito das comemorações.
Finalmente,
e no domingo 16, encerraram-se as festividades. Depois de uma actuação pelo
Coro de Câmara do Orfeão de Valadares, teve lugar a sessão solene, a qualfoi presidida pela secretária de Estado da
Administração Pública, doutora Maria do Rosário Cardoso Águas, neta do saudoso
alhadense Anselmo Cardoso Júnior, que foi um grande colaborador do nosso grupo
dramático, autor de muitas músicas cantadas em diversas fantasias. Assistiu a
esta sessão, a Filarmónica de Lares que, em homenagem à ilustre presidente,
tocou a ‘Canção do Limonete’, composição musical de seu avô, cuja letra, da
autoria de Mestre José da Silva Ribeiro, foi cantada, em coro, por toda a
assistência presente.
E foi em
ambiente verdadeiramente festivo que, com este acto solene, se encerraram as
comemorações do primeiro centenário da Sociedade de Instrução Tavaredemse.
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