sábado, 9 de maio de 2015

O Associativismo na Terra do Limonete - 127

O que eles e elas disseram:
“Considero que o teatro é a forma de arte que mais nos interpela e nos confronta com os nossos valores. Quero deixar aqui a palavra “memória”, evocativa de todas as pessoas que tanto nos deram e nos enriqueceram ao longo de cem anos, com dedicação e esforço”. Ana Pires
“Abordar a história da SIT é recordar Mestre José Ribeiro autor do Hino do Limonete e Anselmo Cardoso, meu pai, que o musicou”. Carlos Cardoso
“Esta casa vive de muito trabalho, dedicação à cultura e ao teatro. A presença do secretário de Estado da Cultura é o mais forte incentivo para continuar”. José Paz
“Sublinho o apoio de Rosário Águas e de Teresa Machado, sempre disponíveis para nos ajudar. O que nos une nesta casa é o palco das emoções para além da razão”. Ana Maria Caetano
“Falei aqui há 50 anos com Cristina Torres e Lontro Mariano. Hoje, na comemoração do centenário, quero expressar a minha satisfação por estar aqui a agradecer o trabalho realizado ao longo de cem anos. Esta casa foi uma escola de educação, instrução, cultura, convívio, teatro, onde os conceitos de liberdade, solidariedade e cidadania estiveram sempre presentes. A obra iniciada há cem anos terá continuadores em vós”. Maria Teresa Coimbra
“Tavarede não era o que é, se esta casa não existisse. Por isso, Tavarede não entrou na onda da descaracterização, mantendo a sua identidade própria. A SIT e José Ribeiro foram, ao longo de cem anos, o emblema cultural da Figueira da Foz. O futuro há-de ser sempre o que quisermos fazer, se não quisermos atraiçoar a memória do passado”. José Bernardes
“A grande referência desta colectividade é o teatro, uma das vertentes de cultura, que nos leva a todos, a estar gratos à SIT. Que estas comemorações dêem frutos e sementes que germinem na mente e no coração dos mais jovens”. Daniel Santos
“É bom sentir uma casa viva, cheia, com cem anos de história e sempre apostada em construir um caminho de futuro”. Ricardo Alves, representante do Governo Civil
“Lembro-me o que há mais de 50 anos ouvi de José Ribeiro: A SIT estará sempre presente se a Câmara Municipal necessitar da nossa presença. Esta casa é uma escola. Bem hajam pelo trabalho desenvolvido”. Muñoz de Oliveira

Nas semanas seguintes, outros espectáculos se realizaram, nomeadamente com a repetição da Marcha do Centenário e com colaborações diversas, entre as quais um sarau pelo Coral David de Sousa, da Figueira. E no dia 17 de Fevereiro, foi evocada a memória da amadora Violinda Medina e Silva, que, nesse dia, festejaria também o seu centenário, se ainda fosse viva.
E o primeiro trimestre terminou no Dia Mundial do Teatro. Nesse dia, a Sociedade foi homenageada pelo Lions Clube da Figueira, que ofereceu uma placa comemorativa, a qual se encontra colocada no átrio da entrada principal da associação. Aproveitando a data, também foi prestada homenagem à memória do saudoso amador e encenador João de Oliveira Júnior, sendo o seu retrato descerrado. O serão terminou com a representação da peça Sopinha de Mel, pelo Clube de Teatro Drª. Cristina Torres.



O segundo trimestre teve, no seu início, o reviver de uma velha tradição, havia muito caída no esquecimento. A ‘Festa da Pinhata’, que teve a colaboração da orquestra ‘Melodias de Sempre’, de Brenha, decorreu durante um dos costumados almoços mensais, tendo obtido enorme sucesso.
E depois de diversos saraus, dos quais podemos destacar os concertos com o Padre Borga e o do Grupo de Instrumentos de Sopro de Coimbra, efectuou-se o I Encontro de Filarmónicas do Centenário, em que estiveram presentes as Bandas Gualdim Pais, de Tomar, de Santana e dos Carvalhais de Lavos, que actuaram no pavilhão desportivo, que se encontrava repleto de assistentes.
Em Junho, houve novamente ‘Teatro de Rua’. Desta vez foram apresentados, em diversos locais da aldeia, alguns quadros do espectáculo ‘Marcha do Centenário’.

ANTES DE SAIR PARA A RUA...
Porque o Teatro é um divertimento, tem uma função cultural e educativa e porque o espectáculo se dirige ao público, assim estes meios e fins conduzem-nos à escolha de determinado processo de comunicação que é o contacto directo com as pessoas e com os lugares onde se desenrolam as acções.
Vamos assim  adoptar um  processo bem diferente do que é usado habitualmente, nestes cem anos em que se faz teatro, porque os intérpretes vão mais do que nunca tomar consciência das respectivas personagens, dos sentimentos que lhes vai na alma, das ideias que as determinam, da época em que vivem, dos ambientes em que se movem.
Os quadros que vamos representar, são de fundo histórico caracteristicamente local – bem da terra do limonete, constituída sobre factos e com figuras da história de Tavarede, com as tradições locais, os costumes locais e o ambiente local.
Ficará este trabalho como testemunho da nossa dedicação à terra humilde onde nascemos, temos vivido e de que muito gostamos, como hino ao trabalho e também como afirmação da simpatia que votamos e da solidariedade que nos liga a todos os homens e mulheres da nossa aldeia.
José Ribeiro, dizia que estes quadros eram dos tais feitos apenas para serem vistos sobre as tábuas do palco.
Fomos  pôr a água ao lume para fazer este chá nas ruas da  terra do limonete.
Mais uma vez contamos com a ajuda do mestre...
Como José Ribeiro escreveu:
"É tempo de bater as três pancadas.
Pano acima..."
E nós continuamos:
...que o TEATRO VAI À RUA

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