O que eles e elas disseram:
“Considero
que o teatro é a forma de arte que mais nos interpela e nos confronta com os
nossos valores. Quero deixar aqui a palavra “memória”, evocativa de todas as
pessoas que tanto nos deram e nos enriqueceram ao longo de cem anos, com
dedicação e esforço”. Ana Pires
“Abordar a
história da SIT é recordar Mestre José Ribeiro autor do Hino do Limonete e
Anselmo Cardoso, meu pai, que o musicou”. Carlos Cardoso
“Esta casa
vive de muito trabalho, dedicação à cultura e ao teatro. A presença do
secretário de Estado da Cultura é o mais forte incentivo para continuar”. José
Paz
“Sublinho o
apoio de Rosário Águas e de Teresa Machado, sempre disponíveis para nos ajudar.
O que nos une nesta casa é o palco das emoções para além da razão”. Ana Maria
Caetano
“Falei aqui
há 50 anos com Cristina Torres e Lontro Mariano. Hoje, na comemoração do
centenário, quero expressar a minha satisfação por estar aqui a agradecer o
trabalho realizado ao longo de cem anos. Esta casa foi uma escola de educação,
instrução, cultura, convívio, teatro, onde os conceitos de liberdade,
solidariedade e cidadania estiveram sempre presentes. A obra iniciada há cem
anos terá continuadores em vós”. Maria Teresa Coimbra
“Tavarede não
era o que é, se esta casa não existisse. Por isso, Tavarede não entrou na onda
da descaracterização, mantendo a sua identidade própria. A SIT e José Ribeiro
foram, ao longo de cem anos, o emblema cultural da Figueira da Foz. O futuro
há-de ser sempre o que quisermos fazer, se não quisermos atraiçoar a memória do
passado”. José Bernardes
“A grande
referência desta colectividade é o teatro, uma das vertentes de cultura, que
nos leva a todos, a estar gratos à SIT. Que estas comemorações dêem frutos e
sementes que germinem na mente e no coração dos mais jovens”. Daniel Santos
“É bom sentir
uma casa viva, cheia, com cem anos de história e sempre apostada em construir
um caminho de futuro”. Ricardo Alves, representante do Governo Civil
“Lembro-me o
que há mais de 50 anos ouvi de José Ribeiro: A SIT estará sempre presente se a
Câmara Municipal necessitar da nossa presença. Esta casa é uma escola. Bem
hajam pelo trabalho desenvolvido”. Muñoz de Oliveira
Nas semanas seguintes, outros
espectáculos se realizaram, nomeadamente com a repetição da Marcha do Centenário e com colaborações diversas,
entre as quais um sarau pelo Coral David de Sousa, da Figueira. E no dia 17 de
Fevereiro, foi evocada a memória da amadora Violinda Medina e Silva, que, nesse
dia, festejaria também o seu centenário, se ainda fosse viva.
E o primeiro trimestre terminou no Dia
Mundial do Teatro. Nesse dia, a Sociedade foi homenageada pelo Lions Clube da
Figueira, que ofereceu uma placa comemorativa, a qual se encontra colocada no
átrio da entrada principal da associação. Aproveitando a data, também foi
prestada homenagem à memória do saudoso amador e encenador João de Oliveira
Júnior, sendo o seu retrato descerrado. O serão terminou com a representação da
peça Sopinha de Mel, pelo Clube de Teatro Drª. Cristina Torres.
O segundo trimestre teve, no seu início,
o reviver de uma velha tradição, havia muito caída no esquecimento. A ‘Festa da
Pinhata’, que teve a colaboração da orquestra ‘Melodias de Sempre’, de Brenha,
decorreu durante um dos costumados almoços mensais, tendo obtido enorme sucesso.
E depois de diversos saraus, dos quais
podemos destacar os concertos com o Padre Borga e o do Grupo de Instrumentos de
Sopro de Coimbra, efectuou-se o I Encontro de Filarmónicas do Centenário, em
que estiveram presentes as Bandas Gualdim Pais, de Tomar, de Santana e dos
Carvalhais de Lavos, que actuaram no pavilhão desportivo, que se encontrava
repleto de assistentes.
Em Junho, houve novamente ‘Teatro de
Rua’. Desta vez foram apresentados, em diversos locais da aldeia, alguns
quadros do espectáculo ‘Marcha do
Centenário’.
ANTES DE SAIR PARA A RUA...
Porque o Teatro é um divertimento, tem uma
função cultural e educativa e porque o espectáculo se dirige ao público, assim
estes meios e fins conduzem-nos à escolha de determinado processo de
comunicação que é o contacto directo com as pessoas e com os lugares onde se
desenrolam as acções.
Vamos assim
adoptar um processo bem diferente
do que é usado habitualmente, nestes cem anos em que se faz teatro, porque os
intérpretes vão mais do que nunca tomar consciência das respectivas
personagens, dos sentimentos que lhes vai na alma, das ideias que as
determinam, da época em que vivem, dos ambientes em que se movem.
Os quadros que vamos representar, são de
fundo histórico caracteristicamente local – bem da terra do limonete,
constituída sobre factos e com figuras da história de Tavarede, com as
tradições locais, os costumes locais e o ambiente local.
Ficará este trabalho como testemunho da nossa
dedicação à terra humilde onde nascemos, temos vivido e de que muito gostamos,
como hino ao trabalho e também como afirmação da simpatia que votamos e da
solidariedade que nos liga a todos os homens e mulheres da nossa aldeia.
José Ribeiro, dizia que estes quadros eram
dos tais feitos apenas para serem vistos sobre as tábuas do palco.
Fomos
pôr a água ao lume para fazer este chá nas ruas da terra do limonete.
Mais uma vez contamos com a ajuda do
mestre...
Como José Ribeiro escreveu:
"É tempo de bater as três pancadas.
Pano acima..."
E nós continuamos:
...que o TEATRO VAI À RUA
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