Nasceu em Tavarede, em 26 de Janeiro de 1901, filho de António Medina e de Otília Nunes do Espírito Santo.
Casou, em Novembro de 1922, com Helena de Figueiredo, que foi dedicada amadora do grupo dramático da Sociedade de Instrução Tavaredense, (ver nota) de quem teve uma filha, Maria Otília.
Foi empregado nos escritórios da Companhia dos Caminhos de Ferro, reformando-se em 1961.
Desde muito novo que, seguindo o exemplo familiar, se dedicou, activamente, ao associativismo local. A sua vocação para a música revelou-se muito cedo. Fez parte da tuna do Grupo Musical e, com a idade de 20 anos, foi seu regente. Escreveu inúmeros números musicais, havendo uma notícia que refere que a tuna, sob sua direcção, “executou um vasto programa de sua autoria”.
Certamente motivado pelo facto de sua mulher pertencer ao grupo da Sociedade de Instrução, também passou a dar a sua valiosa colaboração a esta colectividade, muito em especial no ensaio dos coros das peças musicadas e do orfeão que foi criado para actuação pelas “bodas de prata” em 1929.
Como amador dramático, só encontrámos registo da sua participação, em 1925, na opereta Entre duas Ave-Marias, no papel de Morgado d’Arrifana.
Após a extinção da tuna, no ano de 1938, continuou a sua actividade como professor de música e, em 1940, fundou no Grupo Musical, o célebre conjunto “Lúcia-Lima-Jazz”, do qual foi director durante alguns anos, além de executante de saxofone.
Naquele tempo, as aparelhagens sonoras eram um luxo a que só tinham acesso os grupos musicais mais endinheirados. No “Lúcia-Lima”, os números cantados eram-no feito por quase todos os componentes, pois não havia solista. Usavam, então, uma espécie de “funil”, feito em cartolina cor de rosa!
“… agora, que se encontra livre das suas preocupações quotidianas de funcionário, imenso prazer sentiríamos se José Medina, que é possuidor duma alma verdadeiramente artística, dedicasse uma pequena parte do tempo de que dispõe, à cultura da sublime arte que é a música. Quer compondo, quer educando os nossos conterrâneos, servindo as duas colectividades recreativas locais, que bem necessitam da sua preciosa colaboração, como, aliás, por várias vezes lhe tem prestado.
… distinto músico, devem-lhe as actividades culturais e artísticas de Tavarede, serviços que não podem ser esquecidos e que muito nos apraz evocar neste momento em que, ainda cheio de vitalidade, entra no gozo de merecida reforma”.
A Sociedade de Instrução nomeou-o sócio honorário em 1962, distinção com que igualmente havia sido galardoado pelo Grupo Musical.
Era um verdadeiro “aficionado” pelos grupos corais. Reunião de confraternização em que estivesse presente, era certo que a mesma não terminaria sem que José Medina, de pé sobre um banco ou uma cadeira, estendesse os braços a reger o improvisado orfeão. Algumas vezes, notando a falta de um ou dois elementos que ele considerava indispensáveis, ia mesmo chamá-los a casa, esquecendo-se das horas e ainda que eles já estivessem deitados, “obrigava-os” a levantar e ir com ele para a reunião. Tocava diversos instrumentos, mas era um gosto, aos domingos de manhã, ouvi-lo tocar flauta, acompanhando sua mulher Helena, que cantava os mais lindos números do teatro, ou da autoria de seu marido, enquanto costurava.
Pertenceu ao grupo “Os Inseparáveis”, que reunia, em confraternização, todos os dias 1 de Maio. Igualmente era um dos mais entusiastas pelas festas do S. João de Tavarede, de que algumas vezes foi mordomo.
Também a Junta de Freguesia de Tavarede o perpetuou, atribuindo o seu nome à rua que vai do Largo da Igreja à Chã.
Morreu em Tavarede no dia 25 de Outubro de 1984.
Casou, em Novembro de 1922, com Helena de Figueiredo, que foi dedicada amadora do grupo dramático da Sociedade de Instrução Tavaredense, (ver nota) de quem teve uma filha, Maria Otília.
Foi empregado nos escritórios da Companhia dos Caminhos de Ferro, reformando-se em 1961.
Desde muito novo que, seguindo o exemplo familiar, se dedicou, activamente, ao associativismo local. A sua vocação para a música revelou-se muito cedo. Fez parte da tuna do Grupo Musical e, com a idade de 20 anos, foi seu regente. Escreveu inúmeros números musicais, havendo uma notícia que refere que a tuna, sob sua direcção, “executou um vasto programa de sua autoria”.
Certamente motivado pelo facto de sua mulher pertencer ao grupo da Sociedade de Instrução, também passou a dar a sua valiosa colaboração a esta colectividade, muito em especial no ensaio dos coros das peças musicadas e do orfeão que foi criado para actuação pelas “bodas de prata” em 1929.
Como amador dramático, só encontrámos registo da sua participação, em 1925, na opereta Entre duas Ave-Marias, no papel de Morgado d’Arrifana.
Após a extinção da tuna, no ano de 1938, continuou a sua actividade como professor de música e, em 1940, fundou no Grupo Musical, o célebre conjunto “Lúcia-Lima-Jazz”, do qual foi director durante alguns anos, além de executante de saxofone.
Naquele tempo, as aparelhagens sonoras eram um luxo a que só tinham acesso os grupos musicais mais endinheirados. No “Lúcia-Lima”, os números cantados eram-no feito por quase todos os componentes, pois não havia solista. Usavam, então, uma espécie de “funil”, feito em cartolina cor de rosa!
“… agora, que se encontra livre das suas preocupações quotidianas de funcionário, imenso prazer sentiríamos se José Medina, que é possuidor duma alma verdadeiramente artística, dedicasse uma pequena parte do tempo de que dispõe, à cultura da sublime arte que é a música. Quer compondo, quer educando os nossos conterrâneos, servindo as duas colectividades recreativas locais, que bem necessitam da sua preciosa colaboração, como, aliás, por várias vezes lhe tem prestado.
… distinto músico, devem-lhe as actividades culturais e artísticas de Tavarede, serviços que não podem ser esquecidos e que muito nos apraz evocar neste momento em que, ainda cheio de vitalidade, entra no gozo de merecida reforma”.
A Sociedade de Instrução nomeou-o sócio honorário em 1962, distinção com que igualmente havia sido galardoado pelo Grupo Musical.
Era um verdadeiro “aficionado” pelos grupos corais. Reunião de confraternização em que estivesse presente, era certo que a mesma não terminaria sem que José Medina, de pé sobre um banco ou uma cadeira, estendesse os braços a reger o improvisado orfeão. Algumas vezes, notando a falta de um ou dois elementos que ele considerava indispensáveis, ia mesmo chamá-los a casa, esquecendo-se das horas e ainda que eles já estivessem deitados, “obrigava-os” a levantar e ir com ele para a reunião. Tocava diversos instrumentos, mas era um gosto, aos domingos de manhã, ouvi-lo tocar flauta, acompanhando sua mulher Helena, que cantava os mais lindos números do teatro, ou da autoria de seu marido, enquanto costurava.
Pertenceu ao grupo “Os Inseparáveis”, que reunia, em confraternização, todos os dias 1 de Maio. Igualmente era um dos mais entusiastas pelas festas do S. João de Tavarede, de que algumas vezes foi mordomo.
O Grupo Musical prestou-lhe homenagem em 1992, “… musicólogo de mérito, que deixou bem vincado, junto de várias gerações, o seu talento e as suas qualidades de cidadão íntegro…”, tendo sido descerrado o seu retrato, que se encontra exposto no salão da colectividade.
Também a Junta de Freguesia de Tavarede o perpetuou, atribuindo o seu nome à rua que vai do Largo da Igreja à Chã.
Morreu em Tavarede no dia 25 de Outubro de 1984.
Fotos: 1ª. Uma das suas últimas fotografias; 2ª. Pormenor do quadro 'Ensaio', de Alberto Lacerda; 3ª. No 2º aniversário do 'LúciaLima Jazz'; e 4ª. Regendo o orfeão de 'Os Inseparáveis'.
Caderno: Tavaredenses com história
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