Era natural de Santo Varão e filho de António Ferreira Menano e de Ernestina Simões Gonçalves. Nasceu no dia 23 de Novembro de 1903.
Empregado nos escritórios da Beira Alta, veio residir para o Alto de S. João, mudando-se mais tarde para a Vila Robim e, anos depois, para Tavarede, para uma casa na Rua Direita, relativamente perto do Largo do Paço. Casou com Laura Ramos, tendo dois filhos: Mário e Fermim. Faleceu na Salmanha, numa casa que ali mandou construir.
Foi músico de elevada categoria. Tocava na Tuna do Grupo Musical e fazia parte, tocando flauta, do quinteto da colectividade, a que nos temos referido várias vezes noutros trabalhos. Dedicou-se igualmente à composição musical, deixando a partitura de diversas canções, com versos dedicados à nossa terra, bem como de diversas danças para o Rancho Flores da Beira-Mar, de Buarcos, cuja orquestra dirigiu.
Durante vários anos colaborou com o grupo cénico da Sociedade de Instrução, tocando na sua orquestra e ensaiando os coros. Foi o organizador de um conjunto musical que tocava durante os espectáculos teatrais não musicados e que abrilhantava os bailes da colectividade.
Apesar da grande amizade que o unia a José Ribeiro, abandonou a colectividade em Setembro de 1945, por divergências surgidas com o director cénico aquando uma deslocação a Colares, Sintra, sentindo-se magoado por não ter sido convidado, nem, sequer, informado, para acompanhar, com a orquestra, esta deslocação.
Caçador de bom nível, era, também, um apaixonado pela columbofilia, tendo no seu quintal um pombal com algumas dezenas de pombos-correios, com os quais participou em várias provas.
Foi correspondente local de “O Figueirense”, onde manteve diversas e acesas polémicas, especialmente com Belarmino Pedro, seu adversário político, que lhe chamava “o bolchevista”, pela militância esquerdista de Ferreira Jerónimo. É muito curioso, por exemplo, um episódio ocorrido por ocasião de uma festa religiosa em Tavarede.
Passava a tradicional procissão na rua de Tavarede, fazendo o percurso costumado. A filarmónica tocava uma marcha apropriada. Ferreira Jerónimo assume a uma janela do primeiro andar da casa onde residia, de chapéu na cabeça. Era um ateu. Não se descobrindo, alguém que acompanhava a procissão lhe chamou a atenção. Não ligou qualquer importância, até que, quando o entendeu, se retirou para dentro da casa. O caso deu origem a mais uma polémica. Belarmino Pedro aproveitou a ocasião. Só houve resposta tempos mais tarde. “…assomou, de facto, à janela de chapéu na cabeça, mas não se debruçou, por ter ouvido a filarmónica no momento em que regressava do seu pombal, onde sempre entrava de chapéu na cabeça por motivos higiénicos”, disse ele e se não acedeu à observação que lhe fizeram da rua, “foi porque lhe fizeram uma intimação arrogante e da sua parte não houve intenção provocadora e em sua casa não recebe ordens de ninguém”.
Empregado nos escritórios da Beira Alta, veio residir para o Alto de S. João, mudando-se mais tarde para a Vila Robim e, anos depois, para Tavarede, para uma casa na Rua Direita, relativamente perto do Largo do Paço. Casou com Laura Ramos, tendo dois filhos: Mário e Fermim. Faleceu na Salmanha, numa casa que ali mandou construir.
Foi músico de elevada categoria. Tocava na Tuna do Grupo Musical e fazia parte, tocando flauta, do quinteto da colectividade, a que nos temos referido várias vezes noutros trabalhos. Dedicou-se igualmente à composição musical, deixando a partitura de diversas canções, com versos dedicados à nossa terra, bem como de diversas danças para o Rancho Flores da Beira-Mar, de Buarcos, cuja orquestra dirigiu.
Durante vários anos colaborou com o grupo cénico da Sociedade de Instrução, tocando na sua orquestra e ensaiando os coros. Foi o organizador de um conjunto musical que tocava durante os espectáculos teatrais não musicados e que abrilhantava os bailes da colectividade.
Apesar da grande amizade que o unia a José Ribeiro, abandonou a colectividade em Setembro de 1945, por divergências surgidas com o director cénico aquando uma deslocação a Colares, Sintra, sentindo-se magoado por não ter sido convidado, nem, sequer, informado, para acompanhar, com a orquestra, esta deslocação.
Caçador de bom nível, era, também, um apaixonado pela columbofilia, tendo no seu quintal um pombal com algumas dezenas de pombos-correios, com os quais participou em várias provas.
Foi correspondente local de “O Figueirense”, onde manteve diversas e acesas polémicas, especialmente com Belarmino Pedro, seu adversário político, que lhe chamava “o bolchevista”, pela militância esquerdista de Ferreira Jerónimo. É muito curioso, por exemplo, um episódio ocorrido por ocasião de uma festa religiosa em Tavarede.
Passava a tradicional procissão na rua de Tavarede, fazendo o percurso costumado. A filarmónica tocava uma marcha apropriada. Ferreira Jerónimo assume a uma janela do primeiro andar da casa onde residia, de chapéu na cabeça. Era um ateu. Não se descobrindo, alguém que acompanhava a procissão lhe chamou a atenção. Não ligou qualquer importância, até que, quando o entendeu, se retirou para dentro da casa. O caso deu origem a mais uma polémica. Belarmino Pedro aproveitou a ocasião. Só houve resposta tempos mais tarde. “…assomou, de facto, à janela de chapéu na cabeça, mas não se debruçou, por ter ouvido a filarmónica no momento em que regressava do seu pombal, onde sempre entrava de chapéu na cabeça por motivos higiénicos”, disse ele e se não acedeu à observação que lhe fizeram da rua, “foi porque lhe fizeram uma intimação arrogante e da sua parte não houve intenção provocadora e em sua casa não recebe ordens de ninguém”.
Pequeníssimas questões religiosas e políticas, que eram aproveitadas ao máximo para se fazerem ataques pessoais, sem qualquer proveito para a terra.
Fotos: 1 - António Ferreira Jerónimo; 2 - Uma procissão passando no Largo do Paço, perto da casa de A. F. Jerónimo.
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