A tuna, como já referimos, era dirigida pelo tavaredense José Francisco da Silva. Registemos o facto de, no domingo de Páscoa de 1932, visitar, pela primeira vez, a sede da Sociedade de Instrução, onde “foi gentilmente recebida pela Direcção”.
Nesse ano estas duas colectividades organizaram, em conjunto, festas populares, preparando e armando um pavilhão no largo do Paço. Diz uma notícia que “notou-se a presença de rapazes e raparigas que até aqui amaldiçoavam os organizadores do festival. Afinal, estas festas, em que a mocidade dá largas à folia, influência alguma poderia exercer na crença de cada um…”.
São escassas as notícias que se encontram na imprensa figueirense e, como já notámos, não existem actas nestes anos de 1933 a 1936. E os jornais publicitavam, e abundantemente, as actividades da Sociedade de Instrução e do Grémio Educativo, e muito pouco as do Grupo Musical.
No dia 13 de Maio de 1934, teve lugar uma “matinée” dramática-musical, organizada pelo Grupo Musical na sede da Sociedade de Instrução. “A tuna do Grupo, que executará parte do programa, será reforçada por vários elementos do concelho, num conjunto de 50 executantes. É de prever que este serão de arte deixe bem impressionado o público, porque os seus componentes se esforçarão em conquistar os maiores aplausos”.
“Teve bastante concorrência… ….e obteve quentes aplausos em todos os números que executou”. Na quinta-feira de Ascensão novamente as duas colectividades se uniram e promoveram um passeio à Serra da Boa Viagem, tendo a tuna abrilhantado o encontro.
As festas do 23º aniversário tiveram um programa diferente. Acabaram com um sarau, na sala da Sociedade de Instrução, com a “apresentação da tuna, que executará vários números de concerto; representação da pequena peça em 1 acto, em verso, 1023, de Júlio Dantas, pela secção dramática do Ginásio Clube Figueirense; e, fechando com chave de ouro, o excelente Grupo de Bandolinistas David de Sousa, que executará alguns números do seu reportório”.
“Tínhamos aqui dito que o sarau fecharia com chave de ouro. E assim foi. Os Bandolinistas David de Sousa formam um grupo tão homogéneo, tão equilibrado e de tão firme execução, que fará brilhante figura em qualquer parte onde se apresente, mesmo perante os amadores de música mais exigentes. Admirável o seu concerto de sábado no nosso teatro! Ouvimos, deliciados, todos os números, e tivemos ensejo de apreciar a disciplina dos vários elementos que constituem o grupo. A acção competentíssima do seu regente triunfou em tudo, fazendo-se sentir em todos os pormenores da brilhante execução. O sr. Abinabad Nunes da Silva tem motivos para estar contente, porque viu e sentiu que o seu trabalho foi frutuoso. Daqui o felicitamos muito sinceramente e aos seus cooperadores, juntando os nossos aos aplausos ao de toda a assistência”
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