Na reunião de 25 de Setembro de 1940, o sócio António Jorge da Silva apresentou a proposta para que, nesse ano e pelo Natal, o Grupo Musical fizesse reviver a tradição teatral do Presépio. Solicitada a colaboração da Sociedade de Instrução, para a cedência da sua sala de espectáculos, a proposta foi posta em execução, convidados antigos amadores e os ensaios tiveram o seu início. Foram ensaiadores: Adriano Augusto Silva, encenação, José Francisco da Silva, regente musical, e José Nunes Medina, coros.
Houve récitas nos dias 24 e 31 de Dezembro. Como curiosidade, registamos que a receita deste espectáculo foi de 963$00 e a despesa 396$50.
No ano seguinte houve repetição destas récitas, tendo desta vez obtido um lucro líquido de 643$75.
Estamos chegados ao número 50 destas nossas histórias. Muito mais há que contar, tanto do passado como dos anos seguintes,
Ainda tiveram que mudar de casa, uma vez mais. Um grupo de amigos e sócios, uniram os seus esforços e, graças à colaboração dos organismos oficiais, conseguiram edificar uma nova sede, na Urbanização da Quinta do Paço.
Não vamos, pelo menos por agora, continuar com estas recordações. Pretendemos, unicamente, dar a conhecer que, tal como a Sociedade de Instrução Tavaredense se pode orgulhar, muito justificadamente, do seu glorioso passado, também o Grupo Musical e de Instrução Tavaredense teve um papel e uma acção extraordinária no associativismo na terra do limonete.
Que as restantes colectividades da freguesia nos não levem a mal, mas ninguém poderá desmentir que foi graças à Sociedade de Instrução e ao Grupo Musical que o povo tavaredense atingiu o nível cultural de que, há muitas décadas, se ufana. O teatro e a música foram os principais meios utilizados. O primeiro, felizmente, continua em franca actividade. Quem sabe se a música, a tuna de tão saudosa memória, não regressará um dia à Terra do Limonete?
Programas de 'O Presépio', em 1940 e 1941, na SIT; medalhão do Grupo Musical e de Instrução Tavaredense
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