terça-feira, 6 de julho de 2010

Grupo Musical e de Instrução Tavaredense - 28


A Direcção resolveu convidar Carlos Rodrigues dos Santos para assumir as funções de director musical e regente da tuna, recomeçando as aulas de música para sócios e filhos.
Apesar de pequena, a Direcção pensou em pedir a redução da renda. No entanto, depois de discutido o assunto, concluíram que não era conveniente fazer o pedido, “pois as possibilidades dele baixar a renda são poucas, tanto mais sabendo-se que o sr. Marcelino tem o celeiro muito mal instalado, convindo-lhe, portanto, que nós lhe entregássemos a casa”.
Depois de começar a exercer as funções de director musical, Carlos Santos tentou organizar uma orquestra privativa, para abrilhantar as festas do Grupo Musical, e para o efeito convidou, para fazerem parte dessa orquestra, os sócios Manuel Loureiro, António Marques Lontro, Amâncio Pinto Sousa, Joaquim Oliveira, Manuel Lindote, Pedro Medina, João Medina e José Gonçalves.
Após a saída habitual pela Páscoa, a tuna preparou uma ida ao Buçaco, no dia 18 de Maio de 1939, quinta-feira da Ascensão. Foi a Direcção que lhes proporcionou o passeio, com o qual teve uma despesa de 231$85.



E nos dias 10, 17 e 24 de Setembro, a tuna abrilhantou as festas populares que se realizaram na Chã, recebendo a importância de 350$00 pelos três serviços.
Foram as últimas actuações da tuna do Grupo Musical. Existiu durante cerca de 25 anos. E em Outubro do mesmo ano, fizeram novas obras, nomeadamente a beneficiação da sala do bufete, tendo sido enviada uma circular aos sócios pedindo ajuda para a ornamentação e instalação eléctrica do salão de festas. Estas obras foram inauguradas no dia 12 de Novembro, tendo sido oferecido um magusto a todas as pessoas presentes.
Pelo Natal de 1939, e em colaboração com a Junta de Freguesia de Tavarede, foi feita “na sede do Grupo, uma árvore de Natal com brinquedos para serem distribuídos pelas crianças pobres da nossa freguesia, ficando resolvido que todas as despesas com os brinquedos e mais coisas a distribuir pelas crianças eram de conta da Junta, que contava com um subsídio da Câmara Municipal”.
O Grupo comprou, no estabelecimento Olímpio Medina, em Coimbra, um “jazz” pelo montante de 1 075$00, a pagar em 10 prestações. No entanto, a orquestra organizada por Carlos Santos não vingou. Após poucos meses de actividade acabou por se dissolver.


Ainda houve nova tentativa, desta vez feita pelo sócio António Martins de Sousa Gomes, mas também resultou infrutífera. Mas o Grupo Musical tinha absoluta necessidade de ter um conjunto musical privativo para abrilhantar as suas festas…

Fotos - A tuna do Grupo Musical e de Instrução Tavaredense no Buçaco.

Sem comentários:

Enviar um comentário